sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pá frente!

Hoje, lá na loja chegou a Gabriela, a Gabriela é filha dos meus patrões, tem entre 6 7 anos e é demais de inteligente. Até me irrita a inteligencia dela porque ela me pega pra cristo e faz um monte de pergunta que eu ou não quero responder ou não tenho tempo de respoder.
Daí que hoje eu enrrolada lá, me chega ela:
- Oi Kenia.
- Oi Magrela, tudo bem?
- Não, meu pé tem um calo.

Oi? Crianças com 6 anos não tem calo nos pés.

- Mas porque, Gabi?
- Porque meu sapato tá apertado.
- Então porque você não tira.
- Porque eu gosto deele e não quero tirar.

Gente. Não acredito que uma crinaça que não tem nem 10 anos está argumentando comigo...

- Então na reclama.
- Não to reclamando, você quem perguntou.
- Ok.

Silêncio.

- Gabi, pede pra Fabrinne pegar a pasta de nota pra mim.
- Peço, mas o que é isso?
- Ah, ela sabe o que é.
- Todo mundo me fala isso. "Ah ela sabe o que é".
E sai batendo o pé.

Eu arrumei um trampo novo. E arrumei uma criança que raciocina, discute comigo e ganha. Quando ela tiver 10 anos, vai me ensinar a resolver problemas mais complexos, como não perder a paciência com aqueles desprovidos de noção ou não começar a sofrer agora porque daqui a uns dias vou trabalhar durante a noite.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Oi!

Então, eu tô viva. Não desencanei disso aqui e pretendo voltar.
É que esses dias estavam corridos (a conversa é sempre a mesma) e eu não estava muito afim de escrever nada aqui.
O Carnavotu foi ótimo. Muito além do esperado e olha que eu esperei bastante. Aliás, a turma era ótima, sendo assim meio caminho já foi andando para que o todo seja bom também.
O trabalho continua corrido, agora muito mais chegando o Natal. Vou virar uma pessoa abominável, já aviso! A partir do dia 8 começaremos trabalhar até as 10 da noite, horariozinho de corno, mas né. Ainda não passei em um concurso nem ganhei na mega semana (Deus, eu prefiro a Mega sena, só pra deixar registrado).
A Faculdade só mais algumas provas semana que vem e estou livre. Rumo ao terceiro ano, incrível a rapidez disso tudo, parece que foi ontém que eu estava faltando com medo do trote. E agora só faltam dois anos e eu já estou sentindo uma nostalgia precoce.
Amores. A luz não apago, mas chega de insetos em volta dela.
Algumas coisas acontecem e a gente não entende o tanto que se engana com os outros. Tudo bem, faz parte da vida, é complicado, mas um dia vai aparecer outra pessoa e esse sofrimento vai fazer parte do passado, como tantos outros. Mas o mais engraçado mesmo é como as pessoas mudam, agem como se nunca tivessem sido ao menos amigos e é aí ficam gelados. E quando você percebe, fica gelada também. Gelada por compreender que, na hora em que o tal do ser humano está cuidando de seus interesses pessoais, vira bicho. E desses momentos a gente nunca esquece, de tão ruim que é.
Só revolta quando o discurso é pífio, pobre e escroto. Me apavora quando o coração acelera de ódio, vai machucar quando eu te ver e você parecer fraco, vazio, desonesto, desleal.Me pertuba quando penso em todos os beijos apaixonados. todos os telefonemas, todas as músicas que não consigo mais ouvir. todas as mensagens, e-mails. me incomoda pelo simples fato de ter existido e não por querer voltar. Engoli o soco no estômago que você me deu. obrigada.

sábado, 8 de novembro de 2008

às vezes...

Veja só como são as coisas... às vezes a gente não sabe o que quer, às vezes tem toda certeza do mundo. às vezes sabe-se das cagadas. noutras se engana. às vezes prevemos o futuro. às vezes não se enxerga o óbvio. às vezes o coração diz "Liga" e a cabeça "manda se foder". às vezes a gente acha que não vive sem. em outras é melhor que se viva sem. às vezes a gente acha que ama. que ama muito. tipo, muito. noutras a gente pensa que odeia. mais que tudo. e as vezes é simplesmente indiferente. Algumas vezes achamos que nunca vai passar. em outras passa sem ver. às vezes acha que o mundo vai acabar. noutras se que viver mais de 100 anos...
Já pensei que pessoas seriam a solução dos meus problemas. E as vezes - na maioria delas, pra ser sincera - acho que elas são a razão de todos eles. Algumas vezes penso que não sou muito sociável e que eu deveria gostar mais das pessoas, mas daí eu lembro que elas não sabem usar o que mais me emociona nelas. e que a maioria é um grande bando de escrotos. às vezes eu sei que são escrotos e gosto mesmo assim. às vezes é bem legal e eu não quero.
Tem vezes que quero falar até que cessem todas as palavras do meu vocabulário. Em outras eu só preciso do silêncio. às vezes quero colocar minhas idéias no lugar. noutras quero que elas simplesmente voem pra bem longe da minha cabeça.
Em alguns dias acho que os não's fazem parte da vida. Mas tem dia que acho que já coleciono uma porção deles e já está na hora do jogo virar. Situações complicadas as vezes servem para amadurecer o coração. Mas quanto mais tenho ocasiões assim, preferia que meu coração fosse uma eterna criança.
A única coisa que eu tenho certeza é de que todo mundo deveria ser feliz pra sempre, e eu desejo isso até as pessoas de quem não gosto muito.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

sem titulo

oi? tudo jóia?

olha, eu não sei explicar muito bem como isso aconteceu, e também não sei muito bem explicar o que eu tenho feito com isso. Acho que o problema é que eu sou muito 'sanguinea' como diz uma amiga minha. deve ser. Dessa vez, como devem ter percebio os que lêem isso, foi misturado o "número do desaparecimento" com o "medo de compromisso/estou confuso", não sei o que quero. Sendo assim, temos o resultado de sempre, mais um "não precisava" com grandes demonstrações de falta de noção, mas enfim, cláássico!
Isso de terminar é sempre chato, aliás, acho que saber terminar é uma arte. Mas daqueles términos de verdade, onde a gente conversa e resolve. E não daqueles que uma parte só quer resolver enquanto a outra quer enrrolar. Sempre fui a favor do cada um sabe de si, então cada um que pegue sua dor e faça dela o que bem entender. Beber, dançar, pular de paraquedas, dar a volta no mundo numa biclicleta (nada de bexigas, não da certo, taí o padre que não me deixa mentir...). Uma cena escandalosa até vai, porque senão fica muito estranho e tal, mas fora isso, vai beber, sair com gente diferente, ouvir Ana Carolina até sair sangue do ouvido...
O fato é que eu sempre pensei assim, sempre agi assim e sempre levei minha vida assim. Mas, de uns dias pra cá eu eu pude notar que se existe uma coisa que eu não possuo é dignidade.
Dignidade, não trabalhamos.
Fora isso, pude notar o quanto sou otária. Eu, decididamente, sou a pessoa mais otária que eu conheço no mundo inteiro e a semana passada só provou isso.
Fazia tempo que eu não gostava de ninguém e estava naquela de "Ninguém é de ninguém." Saindo. bebendo. pegando. assim na subsequencia. Tudo muito bom, tudo mto legal. Mas, tudo pode piorar, ne. Acho que eu já tinha conseguido criar uma consciencia do "pegar e não se apegar", porque, depois do meu ultimo namorado (aliás, penultimo) de 4 anos, eu não sabia se gostaria de me envolver tão sériamente com alguém como foi com ele. Aliás, nunca entendi direito as Amy Winehouses da vida que estão sempre apaixonadas e sofrendo, de preferência com o coração sangrando. Meu coração não sangra, obrigada.
Mas daí teve esse cara. E gente, não sei o que aconteceu, porque se eu soubesse eu consertaria. Eu acho que nunca nem gostei direito desses outros paqueras que eu tinha. Por mais que nos viamos sempre e tal, eram legais e engraçadinhos e bonitinhos, mas gostar de verdade, nunca rolou com nenhum deles. Até que mês passado, eu conheci um cara (através de uma amiga, como mais eu conheço pessoas?) e comecei a gostar dele. Não tenho a menor idéia de como isso aconteceu, quando eu vi eu já tava lá... gostando. E gostando mesmo, de sentir falta e tudo.
E isso durou quase um mês, e ele gostando tanto quanto eu, quer dizer, isso era o que ele dizia e demonstrava.
Veja bem como é que são as coisas, como fazia um tempinho que eu não 'gostava' das pessoas, eu não imaginei que a outra pessoa poderia não estar sendo totalmente sincera. Sério. Juro que não sabia. Choquei.

Mas, pensando bem, eu realmente acho que ele pensava de verdade nas coisas que dizia, porque eu nunca forcei nada. Aliás, no começo eu nem queria nada. Não sou 'dessas', lembra?
Até que um belo dia acordei gostando. E ele também. Até que ele sumiu.
Ok, sendo justa, ele não sumiu do nada. Só foi ficando escroto e escroto até que desandou tudo. E eu, óbvio, não engoli essa história. Acho que até hoje eu não engoli. Como assim desgostou, gente? Para o mundo que eu quro descer.
Voltando, devido a minha falta de prática recente na arte de 'se apaixonar', mas na minha cabeça eu tinha direito a uma explicacação certo? Tinha o direito de perguntar "escuta aqui, filho, por que você disse isso e isso para depois fazer isso e isso?".
Não é o mínimo que alguém pode fazer?Ou isso é normal?
Depois eu que sou psicopata obcecada. Mas enfim. Obviamente eu nunca superei essa história, e fui lá, onde ele estava para conversar. Obviamente que eu falei um monte de merda. Ouvi mais outras tantas e tudo ficou por isso.
E eu não sei se eu terminei de foder com tudo ou não. Sinceramente falando (porque eu sou uma pessoa muito sincera) eu acho que não. Porque se já começa assim, ia terminar pior. Sem contar que ninguém vai pegar meu coraçãozinho e acabar com ele assim, do nada.
Pra falar a verdade, mais uma vez, talvez eu até tenha exagerado um pouco nas coisas que eu disse, mas né... fim de relacionamento, a gente fica magoado e faz umas malcriações, ok. Feio, mas ok. A gente fala coisas que não quer, ouve coisas que absolutamente não quer nem saber e segue em frente aos trancos e barrancos porque, como diria Cazuza, o tempo não pára.
Poucas são as situações onde tudo corre bem e os dois lados - civilizadamente - se acertam.

Mas isso tudo não importa mais, porque o Carnavotu taí e eu vou, porque eu sou uma pessoa que bebe por amor.


UPDATE:
Depois, cheguei a conclusão de que Ele era ele, só isso. E que Eles (ao menos no meu caso) são sempre eles, é, assim mesmo, com letra minúscula e quase invisível até. Mas tudo bem, porque isso tudo aconteceu em um domingo.
E domingos nunca caem bem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

oi, eu sou timida

Hoje foi um dos grandes dias que a gente faz coisas que não pensa que vai dar conta.
Um amigo meu, da faculdade que tem, inclusive, um blog engraçadissimo me convidou pra participar de um 'programa' humorístico na sua tv on line. Bom, eu naquela de "não to fazendo nada mesmo" aceitei.
Meu, eu não sou legal pra aparecer assim, eu sou engraçada e tal, mas não pra isso. Daí que eu abstrai que estava parecendo uma imbecil falando sozinha e fiz uma breve análise sobre uma música. E foi massa, porque as vezes eu também tinha vontade de rir, só que ficou extenso demais, eu não me 'focalizei' bem na web cam. Enfim, um pequeno desastre pra uma estréia.

Outra coisa:

Eu preciso ficar uns tempos sem telefone celular. Anda me irritando muito porque ou eu quero ligar pros outros, ou o outros me ligam. E eu estou em um estágio que quanto mais difícil para alguém me achar, melhor. Só algumas pessoas, como a Bárbara ou a Amanda, ou as meninas do carna que são impressindiveis de conversar, do resto não tô afim. E tem gente que me liga do nada pra conversar e eu sinto uma obrigação de ser legal com a pessoa e não desligar. Mas, eu não gosto de ser obrigada a ser legal.
Simpatia, não trabalhamos.


Mas falemos de coisas felizes.

Faltam nove dias pro carna. NOVE. Eu não sei como eu cheguei até aqui, porque até ontém faltavam meses e meses. E agora, tá aí! E eu não aguento a emoção. E ah, Será que hoje é dia mundial da saúde mental e para comemorá-lo todo mundo resolveu enlouquecer? Ou eu sou dona de uma inteligência EXCEPCIONAL ou pessoas são burras demais. Porque existem coisas que ultrapassam a compreensão humana. Inteligência artificial, não trabalhamos.
Mas eu já deveria ter percebido isso há tempos.