quinta-feira, 28 de maio de 2009
coisas da vida.
regra número 1 é: Homem não pode dormir. Não podem. Não devem. Devia ser proibido por lei. Depois de uma noite de sono, nossos príncipes voltam ao brejo como os piores sapos das piores histórias infantis. Portanto, mantenha o seu princeso acordado o máximo de tempo possível. Em caso de declaração de amor, dê a ele toneladas de guaraná em pó para que ao repousar ele súbito não esqueça que há minutos te amava com muita intensidade.
Regra número 2: Os homens são como animais silvestres. Não selvagens, porque transitam entre as pessoas, mas assustados como bichinhos desconfiados.
Vou dar um exemplo: sabe aqueles macaquinhos que tem no bosque? Fofinhos, bonitinhos, mas não querem chegar perto. Tem q ter paciência e muito cuidado. A gente vai se aproximando, mostrando uma comidinha, pegando confiança... tudo com calma... silencio... sendo bem compreensiva! Você estica o braço com a comida na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da comida, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...
E ah, homem é como tapete. De vez em quanto tem que dar uma sacudida!
Regra número 3: Cuidado com as almas gêmeas instantâneas que esbarramos na noite. São quase homens Miojo. Bota água fervendo em cima e eles viram um macarrão ótimo, maravilhoso. Satisfaz ali, naquela meia hora, mas depois você fica com fome. Enquanto eles estão na pista, olhando no olho, dizendo que você é a alma gêmea deles, é a hora de colocar a água fervendo e saborear o prato. Depois eles dormem e a panela fica vazia.
Regra número 4: Homens bêbados são uma fonte de piadas. Tá certo que não se deve confiar em moços sóbrios quanto mais em moços alcoolizados. Porque eles prometem tudo, falam demais. Só que...precisa tudo isso? Precisa dizer que "a mulher da minha vida", que "quero fazer amor"? Cafooooona ... de quiiiiiinta! E pra que prometer? Simplesmente pega, beija, come, faz carinho depois, dorme abraçadinho, acorda, toma banho e vai embora antes dela acordar ou simplesmente diz que a noite foi ótima, que ela é linda e que quem sabe a gente se esbarra. Mas sempre sorrindo, meigo. Pra que esse tom dramático, esse sentimento tooooodo, essa paixão avassaladora. Pra depois no outro dia dizer não lembrar. Como assim não lembra? Bebeu álcool na bomba do posto de gasolina?
Lembrem disso!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
tá vendo..
tem uma faxineira aqui na fábrica que insiste em vir faxinar hora que a gente tá tipo, muito ocupada e não pode liberar o espaço. até aí, morreu neves, pq né, bom senso não é pra qualquer um. só que. a dona rosa pedindo e eu estou resistindo bravamente, mas que ela tá pedindo, ah, ela tá. hoje, terminando de conferir um relatorio infernal que se eu parasse ia perder o racionio, ela andentrou a sala com a vassora, que olha, se eu fosse cardiaca tinha enfartado. sabe, em um dia cansativo as pessoas não pode ser assim. tá, nem é tão cansativo porque eu não sou exatamente a pessoa mais ocupada do mundo, mas continuo sendo filha de deus e mereço trabalhar em paz e conferir o relatório em silêncio.
Daí que ela entrou gritando que tinha que limpar, que tinha horário. Bom, em minha defesa, em primeiro lugar: foda-se, não está só eu na sala. e eu também tenho HORÁRIo pra entregar essa merda. em segundo lugar, ninguém – veja bem: ninguém – grita comigo me mandando ou desmandando fazer alguma coisa. nem minha mãe que me limpou, alimentou e criou, grita comigo. ninguém. grita. comigo. agora vem uma velha sozinha e patética me dar esporro? tenta de novo, dona rosa.
mas, ultimamente eu ando calma e me comportando bem. eu poderia ter gritado de volta, eu poderia ter dito que ela me dá pena. mas não, fiquei quieta. esperando a dona rosa encerrar o show. e as outras meninas da sala em choque também, porque ela tipos... gritou com todo mundo quando acabou eu simplesmente olhei para ela e pedi por favor num futuro próximo, ela não grite com a gente novamente. ah, e disse que eu trato ela com respeito e espero o mesmo
tratamento. dona rosa deu de ombros e saiu da sala pra pegar o resto das coisas de limpar e entrou e começou a limpar as coisas como se nada tivesse acontecido. como se isso fosse normal. como se velhas loucas gritando do nada fosse apenas uma dessas coisas da vida. dai que ela terminou e vazou. deu 15 minutos dona rosa voltou: “desculpa queridas. a tia estava brava, por favor me desculpe.” a vontadade era gritar que tia de cu é rola e, sei lá, derrubar ela no chão, mas achei melhor não. apenas fiz que sim com a cabeça e disse que não tinha problema.
o único problema é que é óbvio que tem problema. nós vamos ter problemas. grandes, eu diria.
oi?
meu pai me trouxe o ultrassom que vou levar no médico hoje. outro médico, aliás, se tem uma coisa que eu ando fazendo ultimamente é ir em médico. se alguém me perguntar o que eu faço da vida de hj em diante vou responder: vou ao médico.
e dai que no exame está escrito que eu tenho GRANDES calculos na vesicula. oi? como assim grandes? coisas aparentemente simples como umas pedrinhas na vesicula se tornam ridiculamente complicadas quando se trata de mim.
medo!
da série: o mundo é estranho
sou desconfiada. não me impressiono com cifras, títulos ou promessas. não acredito em palavra dita ou escrita. Acredito em atitudes, somente. palavras, eu já tenho. nasci com esse dom. posso te contar minha vida inteira e, ainda assim, você não vai saber nada de mim. não dá pra me conhecer nem lendo meus textos. eu não conseguiria descrever um décimo de tudo que eu penso mesmo que eu soubesse todas as palavras do mundo.
Sou direta. Franca. E exijo o mesmo das pessoas. Não gosto de meias-palavras ou meias-verdades. Sou hiperativa ao extremo. Minha vida é desalinhada. Choro como uma criança. Talvez eu mereça mais que isso.
Talvez meu jeito estúpido de amar as pessoas ao meu redor não seja suficiente. Talvez eu precise começar do zero e aprender a amar. Aprender a viver como se diz no manual. Sou temperamental. Gosto da liberdade, mas adoro companhia.
Admiro as araras azuis. Aprendi no Discovery Channel que elas passam a vida inteira com o mesmo companheiro. São livres. Ninguém, nem nenhuma lei, obriga ninguém a ficar junto por mais tempo do que o amor consegue fazê-lo. Eu acredito nisso. No amor livre. No amor enquanto houver amor. No respeito, na cumplicidade, na transparência.
Por não saber o que quero da vida, vivo fazendo o que não quero. Por não saber amar, vivo levando na cara. Por amar demais, vivo sonhando. Por não acreditar nos sonhos, vivo me ferrando. Por me ferrar sempre, vivo me fechando. Vivo sem sorte no jogo e apostando no amor.
Não quero amor de fim de noite. Não quero amor de uma noite só. Não sei paquerar ou fazer joguinho de “não te quero só pra você me querer”. Não preciso que me queiram pra massagear meu ego. Tenho foco. Não preciso de conversinha com ex-rolos no msn porque sei bem o que eu quero. Não preciso de homem pra massagear meu ego. Não preciso testar meu poder de sedução mantendo possíveis casos amorosos na internet. Não preciso de ninguém pra me dizer o quanto sou linda, gostosa e inteligente. Pra isso, tenho espelho, papel e caneta. Não preciso usar meu corpo ou muito menos minhas palavras pra conquistar alguém. Pra isso, tenho sentimentos que falam por mim.
Acredito no amor, apesar de o amor não acreditar em mim. Valorizo as pequenas coisas. Valorizo a boa intenção. A boa fé. Acredito nas palavras do coração pra fora. E nos sentimentos do coração pra dentro. Acredito em tudo que vem de dentro da alma. Acredito no agora e desconfio – muito – do futuro. Desejo o bem pra quase todas as pessoas que conheço. Acredito no desejo. Acredito na vontade que faz acontecer. Acredito que tudo que queremos de verdade acontece. Acredito no amor que dura uma vida inteira. Desconfio do amor que dura uma noite.
sábado, 23 de maio de 2009
Das idas ao médico
O problema é que eu alguns remédios de estomago que aliviariam minha dor me deixam meio monga e eu não quero passar boa parte do tempo ocioso dormindo. Porque veja bem como são as coisas, tecnicamente nem doente eu estou, então, não faz muito sentido tomar esses remédios que me deixam imprestável mesmo. Logo, vou seguir a dieta do médico-do-terror e fazer logo essa cirurgia e liquidar a questão. dentro de um mês. estarei linda, loira e sem dor denovo. enfim, uma nova pessoa.
Eu fiquei meio em choque no começo, mas agora não. tudo normal denovo (exceto a dieta que é meio foda), ter um namorado vegetariano acho que vai me ajudar. espero.
Sinceramente, não esquento muito a cabeça com isso, mesmo com todos os perigos reais que isso implica, não é tão simplezinho assim. mas eu simplesmente não consigo ficar muito encanada com isso. deve ser porque eu sou a primeira pessoa a rir das merdas que me acontecem e fazer piada com isso.
Porque, sente o drama, o médico disse que depois da cirurgia vai ficar tudo bem. Como as palavras do médico deviam me fazer sentir: Alegria! Esperança! A vida vale a pena ser vida!Como o as palavras do médico realmente me faz sentir: zzzzzzzzzzzzz
Pois é, UM GÊNIO DA MEDICINA. Te cuida, House.
E como eu sou muito inteligente, passamos no Habbibs a noite pra comer, desse mesmo dia que eu não podia comer várias coisas lá. Parando para pensar, não foi uma atitude muito sábia. Se eu tiver outra crise antes de operar eu posso ir parar no hospital eu... umm... morreria de dor.
Quero ir embora fazer logo isso, começar a comer direito e se possivel perder uns bons km. Quero começar andar de bicicleta - congela a cena - oi? eu querendo fazer algum esforço fisico? é mesmo o apocalipse, mas não, falando sério é que quando o estomago resolve se rebelar, oia, doi bem. então, para evitar esse meu pequeno probleminha, eu estou sim disposta a ser uma pessoa saudavel.
Quando que é mesmo a próxima olimpiadas? é nois!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
sei não...
Foda é que nego acha que é gracinha. charme. mas assim, deixa eu explicar:
quando eu acordo na tpm a primeira coisa que passa pela minha cabeça é: TUDO está errado. e por tudo eu quero dizer TUDO, tipo o MUNDO inteiro, a crostra terrestre, a atmosfera, a hidrosfera, mas o que mais me irrita mesmo é a biosfera.
Segundo passo: eu levanto da cama.
já mais alegrinha e pronta para pensar em coisas mais amenas como "queria que tudo pegasse fogo" ou "eu odeio filhotinhos de gato" ou então "como vou matar essa merda de passarinho que não cala a boca" e daí pra frente a coisa só vai melhorando. A sensação de que tudo está errado vai virando certeza absoluta, as vezes, me leva ao ponto de querer argumentar com Deus porque que ele não muda a cor do céu e tira esse azul irritante.
E se discordar de mim? tipo, boa sorte. a única dúvida é quanto a forma que o ódio escolherá para sair de mim, em sua direção.
Temos algumas opções:
1- Ficar alterada e continuar argumentando qualquer coisa inconclusivamente.
2- chorar copiosamente.
3- lançar um grampeador na sua direção (reze para que a tesoura não esteja mais próxima)
Mas, o que eu acho mais maravilhoso na TPM é que ela é realmente convincente. eu realmente acredito que o certo é arremeçar o grampeador. eu sinto toda aquela indignação quando as pessoas não compartilham do mesmo raciocionio. todo aquele ódio quando a porra da tampa do refrigerante cai debaixo de alguma coisa que você não vai alcançar facilmente. toda aquela vontade de chorar quando alguém discorda de você. Enfim, a minha tpm é isso.
ou então, ela é mandar todo mundo tomar no cu e pronto.
tomara que passe logo.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Brigas
tive um atrito com o namorado. fiquei meio chocada sabe, porque a gente tava super sessão-da-tarde de tarde, daí primeiro a gente meio q discutiu sobre música (oi?) e depois a gente se alterou por tonteira também.
antes de mais nada, em minha defesa, no meu ponto de vista eu nem estava tão errada assim, além do mais, me comportei bem. tô virando gente, sabe?
eu poderia ter gritado mais, eu poderia ter ido embora, eu poderia começar uma discussão de horas e horas, mas não. fiquei quieta, enrolada na coberta, com vontade de chorar (e chorei), esperando ele acabar o show. e seilá, voltar a ser o namorado legal de sempre. não dei conta de esperar muito tempo, dormi. merda. não devia ter dormido, devia ter esperado mais, e pedido para que, por favor, no futuro, ele não fale comigo daquele jeito novamente. e que se não fosse pedir muito, para que ele também nem brigasse comigo (sim, eu sou engraçada).
Hoje cedo eu falei que quase que eu fui embora, mas me arrependi, porque não sou de ficar fazendo ameaças. E eu odiei ter brigado com ele, a gente se dá bem, claro que a gente vai brigar, eu sei ser muito chata e insuportável. E o pior, era que por mais que eu argumentava, não adiantava. eu admiro alguém que ganha de mim no meu próprio jogo. o oscar vai para o namorado.
mas eu não fiquei com raiva dele. porque, sabe, eu sei que eu faço muita bosta. coisas piores do que isso, coisas que magoam mais e coisa e tal, mas eu estou tentando mudar, sabe?
quarta-feira, 20 de maio de 2009
sessão da tarde
poisé, eu tenho esse pequeno defeito. longe de mim ser barraqueira, briguenta ou qualquer coisa do gênero. mas eu tenho a mongolice necessária para achar as coisas e acreditar nelas com uma convicção que chega a ser tocante.
o namorado é um doce (por enquanto) e nem me dá tantos motivos assim pra ter ciume, mas na minha cabeça demente eu já acho que qualquer recado no orkut é "alguma coisa obscura" em potencial. Porém, eu não sou tão imbecil a ponto de ter nascido com o gene do ciume obcessivo compulsivo atoa. claro que eu já fui traída né, meu primeiro namorado (comecei bem), na época ele inventou uma conversa qualquer e eu engoli o sapo. dias depois eu até me desculpei por ser tão radical e hoje eu me arrependo. de ter pedido desculpas, obviamente. o filho-da-puta pegou a moça no PARQUE na frente de todo mundo, mas, se pararmos para pensar, eu devo ter merecido.
Então, mas isso foi em 2001, mas parece que foi ontem. o tempo passa, os peitos crescem, o cabelo encrespa, a testa enruga e eu continuo sendo uma perdida/ciumenta compulsiva na vida. mas, agora eu vou virar gente. sério.
e ah, outro problema que vou ter que enfrentar é que percebi hoje cedo que perdi meu rg, daí liguei pro meu pai para contar o causo. e ele disse que pra minha sorte ele tem uma copia autenticada e que eu não posso perder esse documento porque pode dar problema. jura? nossa, que bom que agora eu sei que não posso perder. eu pensei que podia. poxa, se alguém tivesse me avisado antes que não podia talvez eu tivesse salvado as duas cópias que vieram antes dessa.
domingo, 10 de maio de 2009
De repente
De repente, eu virei a "mulher" da família, a única com juízo - pra vocês terem uma idéia de como foi feio a coisa - com 18 anos.. Meu mundo passou a ser totalmente minha mãe e irmã. E com elas os problemas dela. Chegava a não ter tempo para os meus. Nessa época, eu praticamente não tive referências femininas muito positivas. Eu sempre fui a minha própria referência. Então, como já disse aqui, as vezes penso que tenho o cérebro meio masculino, o que nunca me fez sentir entre iguais no salão de beleza.
Minha mãe teve problemas com depressão, assim meio que repentino, e tudo virou de cabeça pra baixo com aquela urgência que as doenças repentinas costumam ter, antes que pudsse compreender o que estava acontecendo eu já estava no controle da situação. Fiquei meio sem base no começo, mas logo eu desenvolvi uma ternura que me devolveu a gravidade e preenchi a casa com uma presença nova, um amor pela minha mãe e irmã que antes era discreto, contido, um amor que se sentia secudário na vida delas, que por tanto amava calado.
Sinto falta desse tempo as vezes, falta da voz delas, das brigas e de todas as implicancias desnecessárias, mas que faziam parte do meu mundo. Do meu mundo quando ele ainda era co-habitado por elas. Não sinto saudade da sensação de desamparo, sinto saudade do antes. Acho que tenho mais saudade de ter uma mãe presente do que saudade dela propriamente. Mãe é sempre um escudo. Engraçado eu lembrar disso agora, porque é uma sensação de orfandade. Mesmo que ela esteja viva. Porém a mais de 4.000km de distância. Não importa a idade que temos, há sempre um momento em que é preciso um adulto.
Lembro de ter sentido um misto de prazer e insegurança quando decidi morar sozinha. Até hoje, quando as meninas me pergutam algo que pensam que eu já passei, ou vem com questionamentos interessantes, vejo nas expressões delas que minha resposta será levada a sério demais. e isso me apavora, me faz sentir meio charlatona, porque... minhas certezas nem são assim tão sólidas. Por outro lado, adoro não estar no lugar delas.
Desde criança, minha maior vontade não era viajar pra Disney, ou morar num sítio, ou ser menina pra sempre: o pó de pirilimpimpim nunca foi meu sonho. Eu queria era crescer. Ser dona do meu nariz de uma vez por todas. Não ter hora pra dormir, não ter ninguém me dizendo "pode isso". "não pode aquilo". Não precisar pedir autorização pra nada, poder errar e acertar por conta própria. Isso sim deveria ser divertido, eu pensava. E não me enganei. Nada é mais encatador do que a independência. Muito mais encantador que a infância. As pessas sempre desejam voltar a ser criança de uma maneira nostágica e romântica, sentem falta da autencidade e inocência perdida. Mas, acredito que se elas a perderam foi por condicionamento, foi por acharem que depois de determinada idade toda a fantasia é capricho. E não é. Os pensamentos puros, a espontaneidade, a vibração, o deslumbramento, tudo isso mantenho e sinto hoje muito mais do que no passado. crescer não me emparedou, ao contrário, me abriu as portas de casa, o portão da garagem, ganhei a chave da rua e a tutela da minha existência. Vivo em busca contante, tento investigar tudo que me soa estranho, sigo atenta a cada emoção, não me acomodo nem me acostumo com coisa alguma.
Quem sabe não é por isso que eu estou "apaixonada" mais uma vez? Porque, se algo der errado, é só chamar um adulto.
terça-feira, 5 de maio de 2009
da série: modos - estranhos - de chamar atenção.
Então, foi assim:
Hoje cedo, tipo umas 7:30, estava eu no ônibus com a alegria de um escravo carregando corrente (ninguém é feliz até as 10 da manhã), até aí beleza. Sentei, hora que eu estou quase dormindo uma pessoa me cutuca. Opa, adoro que me cutuque, principalmente cedo, no ônibus, cheio de desconhecidos.
- Moça, chama aquela moça alí
Nem respondi, só fiz uma cara de merda e chamei a moça "alí". Imaginando EU que ele seilá, ia dar um recado importante, posto que a condução estava lotada e nem tinha muito clima pra ficar de conversa.
A moça vira com ele, com a cara mais feia do que eu tinha feito anteriormente, tipo "Oi?"
O rapaz, tão sagaz e oportuno:
- Sai daí que é banco pra idoso e você não é idosa.
Congela a cena.
Ele era o motorista? Não. Ele era o cobrador? Não. Ele era o DONO do ônibus? Não. Ele era um IDOSO requerendo o lugar pra sentar? Não. Ele era palhaço? MUITO.
A moça, de certo não sabia se ria ou se mandava ele a merda com o banco e a porra do ônibus inteiro respondeu:
- Não tem idoso nenhum aqui pra sentar.
E virou pra frente, no minimo, se perguntando o porque mesmo que ele tinha falado aquilo.
Fiquei passada com a sagacidade e desenvoltura do cidadão, realmente, 7:30 da manhã, dentro de um ônibus lotado é o melhor momento para você fazer piadinhas buscando aproximação com alguém, senso de timing perfeito o dele. Tive que arranjar uma forma de compartilhar tão maravilhosa experiência.
Tenho certeza que o público feminino ficará alucinado ao se deparar com uma figura dessas no ônibus. O público masculino, infelizmente, se atirará do penhasco mais próximo visto que, com esse rapaz, ele não pode competir.
Fico sentida porque não vou ter a oportunidade de aconselhar o rapaz e mesmo se tivesse, a mãe dele deve dizer que ele é bonito e que esse tipo de aproximação é muito legal e eu não vou conseguir convencê-lo do contrário. A sugestão padrão seria informar que existem outras maneiras, outros horários e outros lugares para tentar qualquer tipo de aproximação com alguém. Você, sendo tão belo e formoso, deveria ir para uma agência de modelos e não ficar se exibindo gratuitamente... dentro do ônibus.
ficaadica!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
oi?
Hum, então, não sei, mas já passou pela cabeça de vocês que talvez eu não tenha o que escrever no blog ou melhor ainda, talvez eu nem queria escrever no blog? A não ser que seilá, eu escreva aqui uma receita de bolo. Só pra preencher...
Ah, outro dia vieram me dizer que não sei quem é "meio Kenia". Então, daí que eu gostaria de saber o que vem a ser "meio Kenia". Nego nem me conhece e seilá já acha que "me conhece" a ponto de dizer que alguém é ou deixa de ser "meio eu". Dá na mesma eu sair dizendo que eu sou "Meio Amy Winehouse" porque eu sou chegada num alambique. Gosto de beber? Gosto. Amy também gosta? Aparentemente sim, mas então... é só isso que eu sei. Porque escutar algumas músicas dela ocasionalmente e ler meia duzia de fofocas na internet não me torna profunda conhecedora de ninguém, então não faz o menor sentido me comparar com alguém que não conheço.
A grande verdade é que ultimamente ser meio Kenia é querer ver o namorado (porque agora eu tenho um), tomar uma de vez enquando, ver o pânico e ficar reclamando do frio e da tosse que não passa nunca.
E ninguém quer ler um blog sobre isso.
Né?