A Manu nasceu! Na verdade, completou dois meses antes de ontem. E olha, a vida agora está corrida! Bom, falar na Manuela é falar de amamentar: A maternidade é uma bênção. Ter leite e poder amamentar é outra bênção. Mas, haja paciência, persistência e boa vontade… Só mesmo sendo MÃE para não desistir no meio do caminho desse processo que eu chamo de “Profissão mamadeira”. Sim, isso mesmo, porque a única coisa que eu faço agora é DAR DE MAMAR. (a principal coisa, e não única, né, porque ainda tem: trocar, colocar para arrotar, dar banho, inventar mil posições malabarísticas para ajudar quando vem a cólica e, claro, rezar e torcer, que sempre ajuda) . A Manu é um menininha muito tranquila. Dorme bastante. Chora pouco. Mama MUITO. Geralmente de 2 em 2 horas. E dando intervalo maior à noite. Mesmo assim, amamentar cansa, cansa muito. Mas, o pior foi a dor dos primeiros dias, amamentar vinha acompanhado de uma dor que vai no fundo da alma. Os bicos dos meus seios racharam no primeiro dia. Eu estava deitada ainda, sem conseguir levantar, por causa dos pontos, e senti o peito rachando enquanto ela mamava o colostro. Foram uns dois dias até o leite descer. Desceu de uma vez, gordo e muito. Daí foi a parte que eu fiquei com febre. Mas, passado a dor dos primeiros dias pude notar que amamentar é igual carro zero. É preciso rodar para amaciar, é preciso alguns quilômetros de mamadas para o seio acostumar… Até lá, força, muita força…
E, com a correria de ter virado mãe/dona de casa do dia pra noite, esqueci de postar bem no comecinho do ano. Mas feliz 2011! Que venha cheio de alegrias. Eu adoro o começo. Começo de tudo. Começo de filme, começo de trabalho, começo de semana, de dia, de ano, de pasta de dente, de sabonete, começo de vida. Só não gosto de segundas-feiras, mas adoro o começo de uma amizade, o começo de um sonho. Adoro o primeiro dia do ano, as primeiras horas do dia, a primeira linha de um caderno em branco, a primeira página de um livro, o primeiro mês de gravidez, o primeiro capítulo de uma história, os primeiros dias do bebê no meu colo. Eu adoro o começo. Pela oportunidade de colocar o trilho no eixo, de consertar os trilhos quebrados, soldar os laços cortados, cortar as fronteiras que nós mesmos colocamos ao nosso redor. Sei que, na prática, quase nada muda de um minuto para outro, porque as mudanças são lentas, arrastadas, muitas vezes difíceis. Quase nada. Porque a esperança precisa de menos de um segundo para surgir, crescer e florir. Todo começo traz em si a esperança. Esperança de um dia melhor, esperança do sorriso de um filho, de uma noite LONGA de sono, uma tarde na praia, uma manhã na mesa de casa tomando café com a família. Esperança de mais dinheiro, menos preocupação, de uma vida feliz. Esperança de sorrir mais que chorar e de acreditar, porque como faz falta a confiança para crer. Esperança para o que for. Eu adoro o começo principalmente porque é isso o que ele me traz: enche meu coração de esperança. E mesmo que eu não realize nenhum dos meus planos e sonhos, mesmo que as coisas continuem como sempre ou que se tornem mais difíceis, apenas o fato de sentir esperança deixa a minha vida melhor, porque enquanto eu for capaz de senti-la sei que tudo é possível
Desejo a vocês, que ainda passam por aqui muita fé, alegria e esperança!
Beijo!