sexta-feira, 19 de outubro de 2007

de repente

Como a vida tem umas coisas bestas, né?
Há pouco tempo uma pessoa muito importante se foi, é incrível como essas coisas afetam a vida da gente. Como assim nunca mais vou ver? Como assim me tiraram sem me perguntar se eu queria ou se estava de acordo?! Como assim existem coisas nessa vida que não são negociáveis?!
Minha cabeça colocou no repeat essas perguntas e muitas outras. E a dor não passa, faço o que posso, esqueço, trabalho, estudo, saio, bebo, quem ve parece que não dói mais, que já foi superado. Acontece que eu não consigo ficar repassando essa dor, que não sai e não tem previsão pra sumir, queria mesmo é que ela desse lugar pra saudade logo, e que meus olhos não enchessem de lágrimas ao lembrar dos momentos bons, das frases feitas, das gracinhas e das tentativas dela. Queria lembrar com saudade e não com essa dor, que machuca. Não somos nada nessa vida, nada. Não controlamos nada, nem nossa vida, nem a dos outros, nem acontecimentos, somos tão pequenos, tão...
Com tudo isso, chego a conclusão de que precisamos mesmo é de Amor, assim, com letra maiuscula, de verdade, sem medir, sem querer nada em troca, sem porques, sem truques...
Porque depois que passa... passou! E infelismente nem tudo a gente pode voltar atrás, nem tudo se tem a segunda chance. E agora os 'se' são completamente dispensáveis mas é impossível que não se pense neles, talvez se eu tivesse sido mais presente, se tivesse aproveitado mais, se eu soubesse que ele partiria tão cedo talvez não teria me preocupado tanto com coisas que hoje eu nem me lembro quais são. Teria telefonado mais, teria visto mais, teria abraçado mais e principalmente, teria dito o quanto eu o amava e o quanto ele era importante pra mim, embora não demonstrasse tanto. Como eu queria poder dizer isso.





Eu que nunca te cobrei resposta nenhuma, nunca te perguntei nada de relevante, agora eu espero desesperadamente uma:



porque, tio?