quarta-feira, 22 de abril de 2009

eu só quero o que pode dar certo

Nada como uma micareta para os palhaços renovarem o repertório. Desta vez nem foi caracterizado um grande número, daqueles dignos de um palhaço renonamado.
O número dessa vez foi protagonizado por um aprendiz e ainda inexperiente palhacinho. Não é nada que mereça um grande registro em minha memória ou coisa do tipo. Aliás, eu estou escrevendo sobre isso para que justifique de alguma forma a minha grosseria.
Não, não sei se seria grosseria. Mas, o fato é que nada que não possa dar certo me interessa. Se for para embacar em alguma coisa que não vai dar em nada eu tenho umas 28 opções, não preciso da 29. No fim são todos a mesma coisa mesmo.
Estou em uma fase da minha vida que eu quero sim o dia seguinte. O mês que vem. Quero saber da sua vida e quero te contar a minha. Quero enxer o seu saco sobre teus defeitos e quero enxeções nesse sentido também.
Quero planos. Viagens de fim de semana. Filmes as sextas e cinema aos domingos. Quero conhecer sua mãe, seu pai, seu cachorro. Quero inventar apelidos idiotas. E até, falar com voz de criança - tá, apelei agora.
Todo mundo passa por essa fase, porque no fundo somos todos iguais e temos as mesmas histórias pra contar. Só que eu enxi o saco de contar histórias com finais trágicos. E alguns cômicos (se não fossem trágico). Hoje e quero contar histórias com finais felizes.
No trajeto pra casa, tentei recapitular minha história recente e tentar descobrir em qual momento eu resolvi que não faria parte do mundo da maneira como ele tem me convocado. Quando foi que eu decidi que era diferente? Ninguém é diferente. Ninguém escapa do script ofiecia, nem existem outras opções.
Deve ser por isso que insistimos em falar as mesmas coisas. fazermos as mesmas perguntas e esperamos, também, as mesmas respostas. Eu preciso urgentemente aprender esses códigos, porque ultimamente, tenho falado muito sozinha.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Desaprendendo a chorar...

A vida é feita de aprendizados. Uns buscados por nós, como faculdades, livros e tudo que traga conhecimento. Outros, são aqueles a marra, a custa de muito choro, muita decepção, muita frustração e dor.
Entretanto, é preciso valorizar nossa capacidade de desaprender certas coisas. é importante criar uma habilidade de perceber aquilo que não nos cabe mais. por força maior. do destino. nossa. ou até mesmo, por força das pessoas. "tudo que morre fica vivo na lembrança. como é dificil viver carregando um cimitério na cabeça". então, chega uma hora em que não tem mais espaço para lembranças ruins. é preciso desapegar. fazer uma limpeza na alma e principalmente no coração. o texto e o assunto soa clichê, antigo. mas nada é tão absolutamente novo pra mim quanto isso, agora. aprendi, a marra, a desaprender algumas coisas. murro em ponta de faca machuca. dói. e a não ser que você seja masoquista, isso não é legal.
O foda é que com mesmo todos esses argumentos e com tudo isso o correto e o sensato a fazer, é a ultima opção. é o ultimo suspiro. só buscamos desaprender quando não se aguenta mais aprender com a situação. quando o limite de lições está saturado. quando elas começam, inclusive, a se repetir.
e mesmo assim, a gente sente, acha, imagina, que seilá, talvez né? ultima tentativa. mas, não. existe sempre uma hora de parar. não deixe que os outros te humilhem. a vida já nos humilha o suficiente no dia-a-dia. as coisas já são complicadas demais pra gente ainda procurar sarna pra se coçar. o importante é não desistir. se não deu certo essa vez, paciência. talvez em outra ocasião. em outro dia. com outra pessoa, dê. pelo menos você tentou, e nesses casos, é o suficiente.
ruim mesmo é quando a pessoa desaprende a habilidade que todo mundo tem de tentar.
esse sim, já é carta completamente fora do baralho.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sobre alguns fins...

Eu tive um relacionamento longo. 4 anos. Foram, pelo menos, uns 3 anos felizes e bem vividos. Depois a gente se perdeu. Mas sabe quando não consegue sair daquilo? É. Eu me sentia assim. E hoje, desconfio que ele também. Eu sonhava com o dia em que teria coragem de colocar um ponto final. Eu sonhei muito com este dia, sem no entanto acreditar que ele chegaria. Sonhava em ter alívio imediato, recuperar minha vida, Kenia, só Kenia, e recuperar minha solidão. Mais espaço na minha vida e liberdade total para trocar de canal. Queria esquecer o barulho da moto quando ele chegava em casa, nunca mais sentir o cheiro do perfume que ele usava. Não queria mais ser infeliz com ele. A dúvida era: saberia ser infeliz sozinha?
Todas as lágrimas que derramei na ocasião fora pelo que houve de bom entre nós, e pelo que houve de eterno. Chorei pelos olhares telepáticos que trocávamos, pelas mãos dadas no cinema, pelas imitações que ele fazia de mim e eu odiava, mas que era um sinal de que ele ainda me via. Chorei pelo primeiro beijo, e pelo ultimo, que talvez nem tenha sido dado. Chorei porque não o amava mais, e nem ele a mim, dois adultos que deidiram seu destino sem facadas, sem tiros e sem vulgaridade, chorei por essa sensatez, esse racionalismo, essas cicatrizes que ficaram mesmo assim, chorei pelo instante em que os dois juntos, desligaram-se da tomada e tudo ficou escuro.
Decidi primeiro que ele. Não queria ouvi-lo antes de mim. Não queria ser magoada.
Lembro que ele me disse "Vai ser melhor pra todos". É, depois de tanto tempo, ele ainda não sabia tudo de mim.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Valer a pena

Cada dia que passa eu me sinto mais eu! Deixa eu explicar, ultimamente eu ando mais condizente com o que penso e sinto em relação as coisas. Não tenho mais tentado ser boazinha. Aliás, eu nunca precisei fingir que sou uma pessoa boa, até mesmo porque, ninguém é bom ou ruim, as situações moldam qual carapuça vamos vestir. Nunca precisei fingir que não tô nem aí, quando na verdade eu estou muito aí. Não faz meu tipo. As vezes me esforço para ser romântica, para acreditar num mundo anesiado sentimentalmente, pra acreditar em planos, mas principalmente, para acreditar nas pessoas. Não choro pra convencer, porque talvez eu não faça questão de convencer ninguém. Eu sou mesmo como muitas pessoas dizem, direta, objetiva e prática. E nada disso é novidade pra ninguém. É só o meu jeito. Não preciso assistir novelas do SBT para construir frases bregas e nem leio e-mails Power Point cheio de santos, bebes gordos e um monte de coisas piscantes e mesmo assim, sou brega.
Nunca precisei fazer esforço pra dizer que amo. Não sei fazer cena. Sou assim, sem máscaras. Imagino que seja por isso que sou tão chata, intolerante e exigente. Dou 100% de mim e exijo o mesmo em troca. Mesmo com toda essa introdução, não é um texto sobre amor. No qual vou dizer - mais uma vez - o quanto as pessoas são estranhas, e o quanto os homens são especializados no número do "Não Precisava". Esse é um texto sobre uma jóvem - sente o drama - que já amou demais. Uma pessoa que faz tudo errado, sabendo que está tudo errado. Eu sou uma pessoa que me desconcerto quando alguém diz que gosta de mim. Não sei, não sou muito dada a esse tipo de declaração, até mesmo por minhas amigas, que amo de paixão, fico constragida de falar isso pessoalmente. Sou contraditória, mudo de idéia e planos, mas nunca de princípios. Falo a verdade quando deveria mentir. Digo que sou fiel aos meus sentimentos, embora não entenda nada sobre fidelidade. Sou uma pessoa que gosta de um cara, mas saio com outro no sábado à noite. Quero me matar quando desligo o celular na cara de alguém que eu quero quando ele me liga e eu estou com outro. Choro por homem. Meus romances, são todos eternos. Não tenho vergonha de falar o que sinto, meu sorriso costuma entregar minhas emoções e meus olhos não me deixam mentir.
Odeio esperar alguém ligar. Odeio mais ainda quando ele não liga mesmo. Adoro minha própria companhia. Adoro não ter mais idade pra brincar de polícia-e-ladrão. Pra fazer joguinho. Adoro mais ainda já ter passado da fase de fingir que não estou nem aí pra surtir algum resultado.
Sempre digo que quero namorar, mas sempre me esquivo quando algum dos meus casos começam a ficar sério. Eu sempre me envolvo com os "não-namoráveis". Os que não querem. E ando dispensando os caras com quem eu poderia até pensar em fazer planos. Coisas da vida. E isso tudo acontece talvez, porque, lá no fundo, eu goste mesmo é de ser solteira. Gosto de poder escolher com quem vou sair no fim de semana. E isso também se deve ao fato de não ter encontrado ninguém que faça valer a pena largar tudo isso para me comprometer com um cara só. Talvez também, porque eu goste de chegar sozinha em casa, tirar minha roupa e me jogar em cima da cama. Posso deixar tudo espalhado e me reservar o direito de não atender o celular. ambém posso ficar na internet quantas horas achar conveniente. Desligar o celular de acordo com meu humor. Ir e vir de onde eu bem entender, a hora que eu bem entender e com quem eu bem entender. Não tenho certeza se isso tudo é verdade. Mas pode ser que tudo isso passe, porém, o que tenho certeza é que não vou abrir mão disso tudo por pouca coisa. Não troco meus sábados a tarde por uma companhia errada, não mais. Não preciso de ninguém pra chamar de namorado. Eu preciso de alguém que ainda não encontrei. E já aviso, o dia que encontrar não vou deixar ele escapar por nada neste mundo. Porque eu já sei o que é perder o amor da minha vida. Sei o que é fazer tudo errado. Mas, mesmo assim, não tenho medo de começar tudo denovo. De tentar outra vez. Na verdade, eu só queria viver de novo aquili tudo que eu conheço muito bem. Amar Incondicionalmente. Viver incondicionalmente. Sem fazer planos. Sem querer prever o futuro. Quero estar do lado dda pessoa certa. Aquela, única, com quem eu gostaria de estar.
Alguém por quem eu abriria mão de todas as maravilhas da vida de solteira. E por quem eu acredito que vou fazer tudo certo, um dia.