domingo, 29 de junho de 2008

Eu quero MENOS!

Tá que eu fiz aniversário dia 25. Tá que fiz 20 anos. Beleza, que até esses dias eu tava querendo fazer 18 pra tirar carta. E agora? Eu quero menos. Menos idade. Menos cobrança. Menos preocupação. Menos parentes inconvenientes perguntando cade o namorado. Gente, como assim cade? Eu não to procurando. Procuram pra mim. Todo cara solteiro que aparece já logo pensam em me encaixar num esquema, só esquecem de perguntar se eu quero. Porque né... E quando eu falo, que não, eu não to atrás, to feliz assim. Olham com aquela cara de "Me engana que eu gosto". Eu só não preciso de um pinto pra ser feliz. Só isso. Voltando ao aniversário, sabe, eu nunca gostei muito de aniversários. Os meus. Assim como do Natal. É uma época que me deixa triste. E chata.
Eu nunca tive esse zelo absurdo por aniversários. O dia nunca reservou boas surpresas. A época em que eu me preocupava com isso também já foi.
Eu tenho um problema grave, eu sempre espero algo sobrenatural no dia do meu aniversário. Sempre. E, óbvio, nada acontece. Pra ser sincera, acho que todo mundo espera um pouco mais. Mesmo que seja involuntário, existe uma esperança mofada de que aconteça algo que mude sua existência para todo o sempre. Ainda bem que sonhos ainda são de graça. Porque né, se no dia da porra do meu aniversário eu não poder sonhar que dias melhores virão. Então pode parar o mundo que eu quero descer.
O Fato é que, meus vinte anos foram muito bem vividos. Sempre com meus amigos, incrivel, como os matenho até hoje. Sempre com alcool. Sempre com música. Sempre que vexames. Sempre com risadas. Eu aproveitei muito bem a minha vida até hoje, e tenho certeza de que aproveitarei muito mais meus vinte e poucos anos. Não volta, gente. É batido falar isso, mas não volta. Eu fui incrivelmente feliz. E tenho esperanças de que serei mais ainda. Dias melhores sempre virão.
E é nessas épocas que eu percebo todo meu egoismo. É ruim pensar que as coisas existem sem você. A Fatima Bernardes vai continuar dando boa noite, com ou sem você na frente da tv.
O ‘nunca mais’ é mais dolorido do que qualquer dúvida ou medo possa antecipar. Nunca mais. E não estou falando de nunca mais ver 1) uma flor desabrochando 2) uma criança sorrindo 3) uma gota de orvalho que escorre de não sei onde. Falo de nunca mais sentir alguma coisa te chacoalhar e te jogar contra um poste como quem diz: você não está no controle. Isso é viver. Essa fragilidade. Fatos são consequência, situações são consequência. A sua vida, de fato, acontece enquanto você supera a própria fragilidade que é existir.

Alguém aí diria: nasça todo dia novamente. E é difícil nascer todo dia. Preguiça. Tem o ônibus lotado pra pegar. E o trabalho. E o assaltante. E a fila do banco. E o batizado da filha da prima do vizinho.
Difícil saber se de fato amamos a vida se sequer sabemos viver direito. Difícil questionar algo que não foi alcançado ou escolhido, mas que nos foi simplesmente dado, aleatoriamente, e que é assim tão frágil que qualquer ônibus intermunicipal pode assim sem mais nem menos vir e despedaçar.

E de vez em quando surpreenda-se ao perceber, em alguma coisa bastante banal, que essa bagunça toda ainda vale a pena.
Parabéns pra mim, e que os anos de vida nunca me pesem mais do que a vida desses anos.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Série: Coisas que só acontecem comigo

Não adianta. Vocês podem tentar superar. Mas nunca, nunca mesmo vão conseguir me ultrapassar no quesito: Bizarrices que me acontecem todos os dias. Ou tá todo mundo louco, ou então não sei mais o que acontece. Que as pessoas perderam o senso eu já sabia há tempos, mas que elas enlouqueceram pra mim foi novidade. É chover no molhado se eu disser que as pessoas mais afetadas pelo mal do século: necessidade de ser bizarro, são, em sua grande maioria do sexo masculino? Tem pinto, é bizarro. Alguém aqui, já ouviu falar num cara que tá num colchão, ou seja, literalmente na cama, com uma mulher quando de repente, não mais que de repente começa a chorar por causa de outra? Não, né? Eu também não, pelo menos até o fim de semana. É, meus queridos, o princeso chorou! E eu, alma muito bondosa e bebada consolei a criança. A cereja do bolo é que, a mulher por quem ele chorava, que segundo ele tinha um papo legal, sabia conversar, era engraçada, espirituosa, não era só um corpo bonito tem....16 anos! Não sei, mas me pareceu estranho essa afirmação. E diante de tal situação eu não conseguia evitar o riso. Não satisfeito com o papelão, ainda me perguntava se eu tava rindo dele. Bom, diretamente dele não. Mas estava rindo da situação, que era no mínimo ridícula, pra não dizer bizarra. Outra coisa, a situação era toda estranha. Tudo bem que o moço poderia estar passando por um momento de carência, tá, entendo tudo isso, com muito esforço, mas tá. Ok. É feio fazer essas coisas. Ok. Feio, mas beleza. Mas que é diferente, isso é. Conversa vai, conversa vem ... Ouço o seguinte trecho:

Ele - Ela gosta de mim, ela só não sabe disso
Eu - Humm...
Ele - É que ela terminou um relacionamento de dois anos agora e não quer naramorar
Eu (Perdendo a oportunidade de ficar quieta) - Não é por nada não, mas mulher não tem disso não. Se ela quisesse estar com você, acredite, ela estaria.
Ele - A Familia inteira dela gosta de mim, ela também deve gostar.
Eu - Outra coisa que não deve ser levada em consideração. Mulher não se importa muito se os outros gostam quando ela mesma gosta.
Ele - Um dia você vai me entender. Eu, na verdade, tinha que ficar é com você, você é linda, ia ser tudo mais fácil.
Eu - Não não...(Quem disse que depois do show EU queria ficar com ele? Aí aí... É cada uma...)
Ele - Amanhã é outro dia? Quer dizer, se a gente ficar eu não posso prometer nada...

Congela a cena.

Não, não estou numa pegadinha do Sergio Mallandro. Olho para os lados e não vejo cameras, nem contra regras. Não. Me recuso a acreditar que um garoto de 20 anos, bem nascido, entre outras coisas, consiga elaborar em seu cérebro uma situação como essa. Vamos lá, o cara estava chorando a menos de 5 minutos atrás por causa de outra. E agora vem todo cheio de coisa pro meu lado, do tipo "quero te comer e amanha a gente finge que não se conhece". Olha, eu até sou a favor do sexo sem compromisso de vez enquando. Acho válido. Se ele não tivesse falado nada, chorado e etc provalmente era o que iria acontecer e todos sairiamos felizes, porque no outro dia eu não ia aparecer com um par de alianças, planejando a data do casamento e escolhendo os nomes dos filhos. E eu até dei uns beijos nele mesmo depois do choro, porque, tava ali sem fazer nada mesmo. E o princeso tem um beijo gostoso que dói. Só que daí a dar pra ele, com ele esfregando na minha cara que no outro dia não ia falar comigo. Oi? Como assim? Deixa eu explicar uma coisinha, existem coisas que não precisam ser ditas. As pessoas perdem várias situações boas porque pecam no excesso de palavras. Na dúvida, não fala nada. Só faz, melhor assim. Pra todo mundo. Depois ainda eu fico com fama de fria. Mas como explicar para o jovem que nós mulheres não precisamos de flores no dia seguinte? Que as vezes a gente espera alguma coisa demais. Mas, noutras a gente nem quer. E que se ainda precisássemos, poderíamos perfeitamente procurar um cara que combinassem com tais espectativas, e sinto informar você não combina.E também não combina com o estilo cafageste. Aliás, dificil saber com o que vc combina, mas enfim
Depois disso tudo, não gostou que eu não quis. Depois de dar uns amassos virei pro lado e quis dormir. Eu queria, de verdade. Mas é desaforo uma coisa dessas. É muita cara de pau! O cara começa a chorar por causa de outra enquanto podia estar se divertindo comigo. Eu consolo, abraço. Carinho daqui. Dai ele gosta da situação e resolve que “amanhã é outro dia", mas nem se dá ao trabalho de tentar consertar a situação. Tava chorando por causa de outra aqui pra ela, mas que qui tem?!?!? “quem sabe faz a hora”, e manda logo a real...

Tá pensando que é assim?!?!?
Como eu estava de bom humor e bebada. Tentei conversar para que ele ficasse numa boa e me deixasse dormir. Ainda deu xiliquinho. E num ataque de macheza pegou a moto e quis embora. Eu tentei falar que era pra ele esperar. Que tava de madrugada, e rodovia de noite é perigoso. Ele tinha bebido um pouco e não era prudente pegar a pista de moto pra fazer chame. Tentei falar, em vão. Ele argumentava que precisava da cama dele. Nesta quase perco a paciência! Xinguei ele mentalmente. Ficava falando que um dia eu ia entender ele. E que naquele dia ele realmente queria ficar comigo. Foda-se. Ele não tem que me dar satisfação. O que ele tinha que ter feito não fez. Aliás, fez mais do que precisava. Agora queria ficar justificando? Era 4 horas da manhã, eu já estava sem paciência e dormindo em pé. Não tinha mais saco pra ficar argumentando sobre os riscos de se pegar moto na rodovia bebado. Desisti e fui dormir. Como ele viu que eu não dava dando mais trela. Começou a entrar no lugar onde estava meu colchão pra pegar as coisas dele. Primeiro era tenis. Depois blusa. Depois capacete. Ele finalmente parece compreender que eu não ia mais insistir e ficou lá fora. Tocando violão. Ah, vai dar meia hora de bunda, filho.. Fiquei muito brava porque eu queria dormir e depois de tudo que tinha acontecido eu merecia MUITO dormir em paz. Me perguntei um milhão de vezes o que de tão errado eu havia feito a Deus. No minimo eu dancei frevo em cima da mesa da santa ceia. Seilá, só sei que foi algo grave. Levantei e fui pedir pra ele ir dormir. E principalmente, me deixar dormir. Ele começou a falar que eu não entendia ele. Que um dia eu ia entender. Ou seja, tudo culpa minha. Cara, isso é uma palhaçada das grandes: virar o jogo pra colocar a mulher como “culpada”de alguma coisa. Fiquei muito puta e ele chantageando com a história de ir embora. Falei pra ele ir com Deus que eu estava indo dormir.
No outro dia, não contente, fui perguntar como ele estava (BURRA) ele ainda vem falar que eu expus o sentimento dele, que contei pra todo mundo o que aconteceu. Vem cá, estavamos todos num rancho, dormindo na cozinha, com mais um monte de gente e ele acha que NINGUÉM escutou o show? Ele se expõe e mais uma vez joga a culpa em mim.
Depois disso nunca mais tocou no assunto. Por que será??? Melhor assim que me poupa de ter que me controlar em cima do salto pra não ser grossa. E o pior é que eu me preocupo com ele. Que faz uma sucessão de cagadas e acha que tá certo.

Vai achando, viu. Vai achando
No dia ele ainda tinha dito:
- Você vai ver que eu to certo um dia, não esquece viu?

Pode deixar, não vou esquecer.
É cada uma viu...
Vou morrer e não vou ver tudo.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dia de merda

Dia dos namorados é o pior dia do ano ever. É uma data idiota só pra aquecer o consumismo. Capitalismo da porra. E o engraçado é que fora o lucro, quem inventou essa data tinha o objetivo de jogar na cara de quem não namora que: ninguém te ama, porra!
Esse é o primeiro ano que passei sozinha, sempre tinha algum namorado nessas épocas! E nossa, entrei em crise, me senti muito loser. Especialmente porque todo mundo no mundo resolve ter um namorado. Engraçado que o fato de nao ter um namorado significa que vc é uma coitada. E tipo, oi? Já pensaram que pode ter sido uma escolha... MINHA? E ter um namorado é como se tivesse ganhado na mega sena. O Supra sumo. Tem que mostrar pra todo mundo. Colocar namorando no orkut e enxer de fotos. As pessoas, inclusive, até perdem o nome, pode a partir desse dia ela se chamará: "Meu namorado". Gente, porque? Eu falo. Eu canso de repetir. Bom senso é luxo de poucos. As pessoas nos cobram. E nos nos cobramos muito mais.

Eu sou solteira. Gosto de ser solteira. Existem maravilhsas em estar solteira. Vou onde eu quero. Com quem eu quero. Escolho meus caminhos. Não dou satisafação a ninguém. É bom não ter que ceder. E o problema é que homens são ótimos. Eu consigo me apaixonar por vários ao mesmo tempo, porque, existem muitos caras, que da sua forma são apaixonantes. É dessas maravilhas que eu falo.
É por isso que estar solteira tem sido bom. MUITO BOM.
E claro, que também me fodo, as vezes. Joguinhos me irritam. Tipo, não vou ligar hoje. Não vou
dar atenção. Vou fingir que não o vi. Tem que fazer ele correr atrás.
Aí que preguiça disso. Se quero ligar. Ligo. Se quero falar. Falo. Se quero beijar. Beijo logo.
Isso de não pode porque é isso. Porque é amigo. Porque é vizinhp. Porque é novo. Porque eu acabei de conhecer. Porque é ex. Porque mora longe. Porque eu nem sei o nome. Gente, amanhã vai que eu morro, e aí? Ele vai beijar o meu caixão? Tem que aproveitar que eu to quente!
Claro, que né. Não fazendo palhaçada tudo é válido. Tendo um bom senso. Só bom senso. Noção das coisas. Nem tudo é conveniente de fazer. Não pode porque é casado. Não tem que ligar toda hora. Namorado de amiga, não pode. Paquera de amiga, também não.
E como homem que é homem é palhaço, tem uns que se superam. Que além de palhaços são bizarros. Escrotos. Se sentem o máximo. A última coca cola do deserto. Na hora é Deus no céu, você na terra. Você é linda. Você é isso. Você é aquilo. Amanhã te ligo e a gente faz alguma coisa. Vamos nos ver denovo né? E no outro dia finge que não te vê. Faz pouco caso. Tem uns caras que se acham tanto que pensam que todas as mulheres que eles pegam querem compromisso. E que só o fato de beijarmos a boca dele já estamos escolhendo o nome dos filhos. E convidando os padrinhos. Oi? As vezes a gente quer mesmo algo a mais. Mas noutras, nós também nem qureremos. Acontece, que somos educadas. E conversar atoa não vai fazer cair a boca, ou vai?
Gente, é feio. Nem sempre as pessoas querem beijar a sua boca. Nem sempre as pessoas querem namorar com você. Nem sempre você é tão importante assim. Sabe? As pessoas tem outros compromissos. Outros paqueras. Outros amigos. Outras atividades.
O mundo não gira em torno de você. Lamento, mas não gira.

Tem coisas que eu não vou conseguir entender nunca. Então, enquanto eu não conseguir compreender certas atitudes, eu prefiro estar solteira. Porque, né. Eu não vou precisar aturar mais do que uma noite uns escrotos desses....

terça-feira, 10 de junho de 2008

Nostalgia

Oi. Bom, tudo na mesma...Na mesma merda, digo. Aliás, tenho uma coisa boa, descobri o motivo de toda essa minha sensibilidade. Tá, eu já sou sensivel/chata, mas nessa época, eu fico mais ainda. Meu aniversário tá chegando. 20 anos. Porra, VINTE ANOS!! Antes de ontém me parece que eu tinha 15! Onde eu tava quando se passaram 5 anos? E o pior é que eu nunca mais vou ter quinze anos na vida. Tá que eu não preciso me matar por causa disso. Mas é no mínimo chato. Não vai existir mais aquela expectativa idiota sobre quem vai tá na sua sala ano que vem. Não vai ter mais expectativa sobre o sexo. Nunca mais vou matar aula e ir pro shopping pra beber cerveja clandestinamente as... 9 da manhã! Nunca mais vou sentir o gosto de levar um ‘não’ na cara pela primeira vez (se bem que ainda continua sentido um gosto meio ruim, mas não é o mesmo). E misturar vinho, vodca e cerveja não é mais a mesma coisa. Ficou batido, sabe. Não vai ter mais quase uma reunião das Nações Unidas para comentar que o cara que você beijou na noite passada tentou ‘pegar na sua bunda’. E nem é medo da responsabilidade. Porque eu já trabalho e sei o que significa ter horários. É o medo de saber que a partir de agora, os anos vão vir sem parar. Antes na minha cabeça minha vida tinha a duração de hoje até amanhã. Poderia ir pra aula com cabelo bagunçado ou usar um tênis amarelo sem que fizesse alguma diferença. Hoje não dá. Dentro de 15 dias eu terei 20 anos. E não acredito em melhores dias na minha vida. Não acredito mais em amores pra sempre. E nem em finais felizes (favor inserir aqui reticências e um vazio inacabável...).

E por causa dessa minha amargura, ontém uma amiga minha veio, aflita, me pedir conselhos.
OI? Pede conselho pra mim não... Não sei se poderia te ajudar.
Não consegui evitar de dizer o que eu acho de tudo e tenho certeza de que falei o que ela não queria ouvir.
E não adiantou. Vai adiantar eu falar pra você que já era? Que vocês estão empurrando com a barriga? Que não existe mais amor?
Porque daí, você vai falar o que já falou pra mim: Que não é bem assim, que vocês se amam. Só que quando estamos sensiveis, não conseguimos analisar os fatos tais como eles são.
Você fica com outros. Ele deve fazer o mesmo. Você se sente incomodada em dar satisfações. Ele não tem mais tanta certeza se confia ou não. Esses são os fatos.
Pode perguntar: "Você já amou de verdade?"
Te respondo com toda a sinceridade do mundo. Sim. Amei e amei muito. Mas então, ele foi embora. Eu me livrei. E só aquele dia percebi que não existem mais amores romanticos. Você não vai viver feliz pra sempre. Existem as contas. Os problemas. As dicussões. O ciume. O cara gato da faculdade que dá em cima de você.
E nem foi amadurecimento. Nem nada. Foi só coragem de perceber que há muito já eu vivia sem ele. Eu sempre tive receio do mundo lá fora. De como seria encarar as coisas sozinhas. De como seria ser eu sem ele. E eu sempre odiei ter que abrir mão de coisas. Mas um dia eu me dei conta de que "Acabou!". Simples assim. Acabou. E oh, eu sofri. Acho que como nunca na vida. E até hoje penso nele com ar de tristeza. A dor chegava a ser física. Por 3 anos. TRÊS longos anos eu fui feliz. A vida trouxe acontecimentos novos. Eu comecei a acreditar no amor. E ah, não existe nada no mundo que seja melhor do que sentir-se amada. Não existe.
Pra ser bem sincera, tem dias, especialmente se regados a alcool, que eu me pergunto porque eu fui embora. E não sei ao certo. Mas, deve ser porque sou egoista. Porque amor exige companheirismo, confiança. SATISFAÇÃO! Namorados são invasores. No começo, tudo é lindo e o amor basta. Mas depois, vem as satisfações, as discussões. E com elas, a mentira. A omissão. E eu, gosto de viver a minha vida. Ter a liberdade de ir e vir. Eu não presto, talvez.
Mas, o amor acaba. E depois a gente vê que foi melhor assim. O tempo cura. E se não cura, esconde. Esconde tão bem escondido só procurando muito bem procurado pra você achar. E olhe, existem maravilhas em estar solteira, acredite.
Há um ano atrás não acreditava que conseguiria viver sem aqueles três anos. Mas eu fui embora, porque eu gosto de correr risco e sempre me fodo. As vezes, a dor e a saudade vem me visitar, mas eu estou aqui. Viva. De uma maneira que eu nunca pensei que estaria. Porque, na verdade eu não preciso daqueles anos pra ser feliz. Porque nada do que me cause tanta necessidade e dependencia pode me fazer tão bem assim. Porque a vida é minha, e eu escolho meus caminhos.

Então, pessoa querida, não pense que será pra sempre. Não pense que COM VOCÊ será diferente. Não é. É tudo igual e a sua mãe tem toda razão quando diz que o tempo é o melhor remédio. Eu não acreditava, eu dizia que era mentira, eu julgava as outras pessoas mun-da-nas que não conseguiam nem manter um único amor pra sempre. Mas, constatei que o amor acaba. E tem limites.

É isso que eu te diria, porque é nisso que eu acredito e é assim que eu sempre levei a minha vida

sábado, 7 de junho de 2008

Trauma, teu nome é Kenia

Oi. Bom, eu sei que eu já postei e que isso não é um diário, daqueles que a gente conta acontecimentos do dia. Isso aqui é o que eu quero que ele seja. E eu não quero que ele seja um diário, então, ele não é um diário.
Assim como isso, a minha vida também é como eu quero que ela seja. Bom, não assim, no amplo sentido da coisa. Mas o fato é que eu descobri hoje que sou uma pessoa fria. Pelo simples fato de se de minha vontade ser fria. Não me sinto natural agindo assim, mas me sinto protegida. O engraçado é que eu sempre quis ser traumatizada. Toda vez que eu me fodia em algum relacionamento eu pensava "Que merda, se eu fosse traumatizada, pelos fracassos anteriores eu não teria me fodido agora, porque eu nem teria me envolvido. Pessoas traumatizadas não se envolvem". Mentira. Se envolvem sim. Porque hoje constatei que finalmente consegui me tornar o que eu sempre quis: Uma pessoa fria. Aparento ser fria. Minhas ações são extremamente calculadas. Ultimamente, eu sou tudo que eu sempre quis ser. Exceto pelo fato de não sabermos como é algo antes de provar dele. E eu provei. E detestei.
Não é legal ter medo. Não é inteligente fugir antes de uma possivel decepção. Porque eu sofro me omitindo o mesmo tanto que sofreria arriscando, isso se não for mais. O preço é o mesmo, por duas coisas complemente diferentes. E opostas.
É uma escolha. Uma escolha que eu fiz. Que eu quis fazer, não foi acidental, obvio que as decepções não foram planejadas, mas, eu tinha dois caminhos a escolher: O de continuar arriscando. E o de me fechar e não me machucar mais. E eu optei em seguir o segundo.
Só me dei conta disso, depois de ficar com um amigo meu. Da minha sala na faculdade, eu era afim dele desde que o conheci. Sabe como é? Você bate o olho e pronto. Então, foi mais ou menos assim. Nunca me envolvi porque ele era noivo (é, só comigo que acontece isso, eu sei...). Só que, eles terminaram e ele está livre leve e solto. E depois de orientada por um amigo meu que "ou é agora ou não é" Fiquei com medo. Justo eu. Medo de chegar no cara. Não que eu chegue em muitos meninos, mas eu não sou do tipo que faz cu doce. Não sou de fazer joguinho. Ou eu quero. Ou não. E se quero, resolvemos logo a pendencia e voltamos a programação normal. Simples assim. Fácil assim. Sem sentimentos. Envolvimentos. Frustramentos e afins. (sente o trauma)
Só que com ele não foi bem assim, alguma coisa me travava. Mesmo depois de todas as deixas. Estava mais do que claro que ele queria, tanto quanto eu. Só estava me testando pra ver até onde eu iria. Precisei de um estimulo (leia-se: alcool) E pronto. Beijei. E foi ótimo. Como foi.. Só ficou nisso. Um único beijo. E agora eu não sei como agir diante da porra do cara que sempre foi meu amigo, que é meu amigo à 1 ano e meio.
No fundo, eu sei como vou agir. Vou fingir que nunca aconteceu nada. E ele vai pensar que eu não to nem aí, e se ele estiver afim, vai pensar que eu não gostei e vai desencanar. Como tantos outros devem ter feito quando eu agi assim.
Por medo de perder. E também não tenho ganhado.
Coisas da vida, né?

As coisas voltam...

Gente, veja só como é que são as coisas, eu, linda e loira fui expor minha imagem num barzinho da cidade. Beleza, tinha ganhado o convite mesmo e ainda ia ter show de uma dupla de amigos meus, ok. Não tava fazendo nada mesmo.
Tudo muito bom. Tudo muito bem. Fui com umas amigas minhas, companhia agradavel. Tudo muito bom pra ser verdade. A minha saga começa quando antes de entrar eu vi um ex-paquera meu, um peguetezinho do onibus, novinho, mas lindo! Beleza, comprimentei mas nem dei muita conversa e entrei. Antes do show começar fui comprimentar os meninos que iam cantar, desejei sorte e blá blá blá. Mas não reparei muito nos outros integrantes banda, eu sou reservada. Não comprimento quem eu não conheço. Bom, alguns dizem que eu sou grossa, metida. Não. Eu sou apenas reservada. Enfim, depois quando eles começaram a tocar, eis que olho no palco e "Huuuuuuuum" quem é o moço do baixo? Eu, como não conheço ninguém nessa cidade e não faço muita questão de conhecer, perguntei as meninas que estavam comigo, elas passaram quase a ficha completa do cara. Beleza, disse que uma menina do onibus pegava ele as vezes. Ok, já sabia onde ia colher informações mais precisas. Lá fui eu perguntar pra menina, que tá sempre junto com a gente e tal, mas ela não é do tipo que eu compartilho minhas coisas, nada contra. Mas, nada muito a favor também, como disse acima, só sou reservada, ué. A menina me fala que o rolo deles é "entre tapas e beijos", que não pega ele desde o fim do ano passado, mas deixa uma impressão de que gosta dele. Me pergunta o porque do interesse, eu sou sincera e jogo limpo, falei que tinha achado ele bonito e que se não fosse problema pra ela ia ver o que virava. Ela se mostra um pouco incomodada mas não disse que sim nem que não. Porra, nem pra ser mais clara, né. Depois que a gente pega, geral chama "noiz" de safada..
Como eu só pareço, mas não sou filha da puta, fiquei encucada né, puta merda, pra que que eu fui perguntar, se eu tivesse dado uma de joão-sem-braço, podia pegar depois falar "Nossssssssssa, jura? Nossa não sabia...", Tá, eu seria filha da puta, mas ia ser mais discreta, pelo menos.
O fato é que, E AGORA? O menino ao que fiquei sabendo, me deu trela, e tem a menina do onibus, só que, ela não faria o mesmo por mim, só que eu não gosto de fazer pros outros esperando nada em troca, mas ela também nem é minha melhor amiga de infância... E ela sempre tá pegando outros caras, tem rolo com vários deles. E não faz muito o tipo de apaixonadinha daquelas que sofrem e tal.
Enfim, tudo vai depender do meu grau de alcolismo...
Veremos.