quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Minhas - tão queridas - escolhas

Sabe quando você conhece alguém legal, beleza... ficam e tal. O cara realmente é bacana, sabe conversar, divertido, gosta das mesmas coisas que você... Enfim, nascidos um pro outro. E é alguém que pega seu telefone e realmente te liga no outro dia. Faz convites. Tenta se aproximar. Daí que você recusa o primeiro e pronto. Vira um carma... É batata, quer um homem atrás de você é só recusar um - só unzinho - convite que já era. Tentam vencer pelo cansaço... Fazem qualquer negócio.
Mas, quando eu não quero uma coisa, meu, não adianta insistir, só vai piorar as coisas. Não consigo tentar gostar de alguém, acho válido que consegue, porque muitas vezes pode ser que até você venha a se apaixonar e tal... mas comigo não rola. Ou eu gosto muito. Ou não gosto.
Tem vezes que mesmo o cara sendo bonito, bacana... uma vez só já é o suficiente. Na verdade, eu não consigo entender porque eu não quero. Penso "Larga de ser cricri...", mas não dá. É mais forte que eu. Eu posso ser burra, tonta, cega, mas eu sei exatamente o que meu coração diz e quando ele não se manisfesta na mesma hora, é melhor deixar pra lá evitando assim dor de cabeça no futuro.
Geralmente, em conversa com amigas... elas sempre perguntam dos meus casos e na maioria das vezes eu já falo batido se gostei ou não. E no caso desse moço, uma delas virou e disse "Mas é por isso que você tá sozinha".
Congela a cena. Cara de espanto. Como assim é por isso que eu to sozinha? Será que por algum minuto essa decisão sobre estar sozinha pode ter sido tipo... minha? Ah, então quer dizer, eu tenho que namorar qualquer zémané que me aparece só pra não ficar sozinha?
O que me deixou pasma é que existem pessoas que pensam exatamente assim: Não ficar sozinha, ou seja, a gente não tem o direito de escolher a pessoa que quer. A gente tem mais é que sair com qualquer cara que queira ficar com a gente e ve no que dá. Então, vamos lá, nos contentar com migalhas porque querer o melhor pra si é bobagem.
Eu sou uma mulher como tantas outras. Desejo ser uma profissional bem sucedida. Tento ser boa filha, sou uma ótima amiga. E também, pretendo um dia dividir a casa com um homem incrivel e ter filhos com ele. Só que tipo... eu não saio procurando namorado. Gosto da minha compania e da compania das minhas amigas, e não vou ficar saindo com ninguém se eu já decidi que não quero.
Meu pai, que é um cara super atualizado, moderno e tal, outro dia me apareceu com uma dessa: que toda mulher deseja encontrar seu principe encantado. Oi? Quer dizer, ao invez de sair, todas nós vamos a caça. Apesar de todas as conquistas o mundo ainda é muito machista. E em muitos casos, nós também somos machistas. Tenho amigas infelizes por estarem sozinhas. Outras que tem maridos escrotos, desses que se acham solteiros e saem por aí caçando mulher enquanto a esposa tá lá em casa. Só eu que conheço mulheres que não suportam estar sozinhas e só Deus sabe o preço que se paga por ter que aguentar um marido desses como adorno ? E não só maridos, como namorados. Namorados que tratam mal, deixam pra trás e afins, mas né... pelo menos elas estão namorando.
Não sou contra relacionamentos, conheço muitos que são baseados no amor e respeito e é um desses que quero pra mim, quando for a hora. A minha hora. Será que é melhor mesmo sair com um cara que você não tá afim só pra não ficar sozinha? Dizer que a fulana é biscate só porque ficou com quem quis? Que não sei quem é puta porque deu na primeira noite?
Não quero namorar agora, mas isso não quer dizer que isso não possa acontecer. Obvio que eu quero alguém pra estar comigo. Pra sermos um 'nós'. Claro que eu quero voltar a amar e a me sentir amada, só que a gente só encontra algo quando não procura por ele.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

"É o que eu te disse, eu sou assim, partindo pra cima... fugindo de mim!"

Eu vivo reclamando das coisas. Nunca tá bom. Se eu to com alguém eu necessito da minha liberdade de volta. Se estou sozinha eu preciso de alguem pra cuidar de mim. Os outros me cobram. Meu pai me cobra atitude. Minha mãe também. A sociedade também me cobra uma série de coisas. Mas, acima de todos eles, eu sou quem mais me cobro.
Na verdade, eu preciso de um monte de coisas.
Eu preciso da minha liberdade. Mesmo estando com alguém. Preciso sair sozinha as vezes, preciso respirar. Esse é o preço que se paga por gostar da própria companhia.

Preciso falar. Falar sobre qualquer coisa. Com qualquer pessoa. Gosto de ser entendida.

Preciso saber falar sobre tudo. E ouvir de tudo. Só detesto ouvir a mesma coisa várias vezes, e pela mesma pessoa.

Tudo na minha vida precisa ser definido. Tudo precisa de um lugar. Aqui ficam as calças, aqui os sapatos, aqui a bagunça. Você é meu amigo, você meu ex, com você é só bobeira, e você é eterno enquanto dure. Sou metódica, eu acho.

Preciso de um tempo pra mim.

Preciso me sentir amada - as vezes.

Acima de tudo, eu preciso me sentir eu mesma. Independente do que eu tenha que fazer ou abrir mão pra isso.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Até aonde vai o coração da gente?

Nunca consegui chegar a um resposta convicente. Mesmo sabendo que temos que dominar nossas ações, que não devemos ser escravos de nossos próprios sentimentos, sempre me pego pensando até aonde meu coração iria... não necessariamente por alguém, mas por paixão, por qualquer coisa. Acho bonito isso de pessoas que se sacrificam por algo. Por um ideal. Não por pessoas. Não que elas não mereçam - algumas de fato não merecem - mas porque não compreendo porque outrem é mais importante que você mesmo. Já amei demasiadamente e também fui amada. Muito amada. E, claro, não existe sensação melhor do que sentir-se amada. Não existe. Sempre me entreguei em qualquer relacionamento meia boca que me aparecia com a esperança de que agora vai, agora eu vou voltar a viver. A minha vontade de amar, geralmente, superava o amor em si.

Eu acreditava que minha vida precisava de paixão, não conseguia ficar 3 meses solteira sem arrumar um rolo, ou alguém pra sonhar a noite. A possibilidade de me imaginar sozinha me dava calafrios e eu não queria passar por aquilo, precisava ter alguém em quem me apoiar. Precisava de alguém pra me carregar.

Depois de alguns tropeços e de ver que as coisas nem sempre são como deveriam ser, pude compreender que a vida é muito mais que isso. Muito mais do que um cara pra você sair. Muito mais do que uma compania. Muito mais do que o desespero de tentar se sentir amada.Pra mim namorado era questão de auto afirmação. Eu tenho um namorado, logo, sou aceita. Não. Muita gente leva isso de namorar como uma questão de obrigatoriedade e saem a caça - literalmente - de um esteriotipo que completem seus sonhos e suas carencias. O mundo anda de fato sentimentalmente anestesiado e as relações tendem a durar uma noite. Mas, isso não justifica que temos que ver em qualquer zé mané que aparece um principe, e tentar fazer dele o pai de nossos filhos. Sei também que existem dias cinzas, dias dos namorados, dias que só servem pra esfregar na sua cara que você é uma fracassada porque não tem um namorado.Mas também existem dias em que você sai com aquele cara que sempre quis, sai por sair. Sai por vontade e não por amor. Não precisa pensar o que ele vai querer com você. Porque ambos já fizeram o que queriam. Podem dizer que isso é vazio, que não preenche a alma e que no fundo somos um bando de carentes tentando arrumar desculpa para a solidão que nos assola. Eu chamo de auto conhecimento. De se conhecer o suficiente pra saber que você pode sim ter um namorado, mas que acima de tudo pode ou não querer isso.É gostar da sua propria compania acima de tudo. Saber se curtir e respeitar sua vontade. E nunca, nunca confundir vontade de amar com amor de verdade. Um é decorrente do outro, mas não é o outro. São indepentendes.Assim como todos nós. Meu coração se apaixona e desapaixona com uma velocidade incrivel - estamos falando de paixão e não de amor -, e guardo marcas de todas as minhas paixões pra sempre que duraram um mês. E cuido para que elas estejam sempre aqui. Porque eu sou fruto do que elas me causaram e vão continuar causando. Me apaixonei por alguns... outros não, mas nunca, nunca fiz economia de amor. Já me disseram que eu sou fria, logo eu, mas né... Moralismo que só servem para acusar... nunca para os acusadores. A maioria das pessoas precisa de justificativa para seus atos e a minha sempre foi a paixão, que na minha opinião, legitima qualquer gesto.

Porque já dizia um rapaz muito inteligente... Que seja eterno enquanto dure.

Pra sempre. Ou até amanhã.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poisé, né

Então, não é que o circo resolveu ficar divertido esse final de semana? Poisé... a maré mudou e as coisas melhoram, um pouco.
Sábado, depois de beber o dia inteiro em uma festa com o pessoal da loja, eis que minha amiga me convenceu a ir com ela em um show de uns amigos nossos. Nada de muita muvuca, uma coisa mais light, já que eu já estava meio alegrinha e encarar qualquer coisa em pé não era a intenção, nunca ia sair de casa se eu não imaginasse que seria ao menos confortavel.
Bom, chegando lá, logo de cara um paquera vem nos comprimentar, ele também estava no churrasco a tarde com a gente, mas não fazia parte do meu grupo de amigos, era um convidado da dona da casa. Mas assim, muito bonitinho...tipo assim, juventude criada a leite A. Poisé, eu tinha repadado que o moço estava se engraçando mas não dei muita trela, porque isso de pegar em festa de amigos é fria. Todo mundo vê e é bobagem porque todo mundo vai comentar no dia seguinte.
Mas, pra vocês verem só como é que são as coisas, fui ao bar comprar água (sim, agua de H2O e não aguardente) e encontro o moço por lá. Veio me abraçando, todo cheio de coisa e pronto. Beijamos. Devo adiantar que me surpreendeu, porque não sei se disse antes, mas ele tinha um jeito de timido... pra não dizer bobo. Detalhes, enfim. Ok. Me desvincilhei do rapaz, comprei a água e voltei pra minha mesa. Não que eu não tenha gostado, maas eu já estava com dor de cabeça da cachaçada a tarde e sem saco pra ficar atrás de homem. Dai ok, ele ficou parado próximo com uns amigos e eu não me propuz a ir lá, se ele quisesse ficar comigo que viesse. Deu um tempinho ele veio, ficou um pouquinho comigo e perguntou se eu estava brava. Fiz cara de nunca vi mais gordo e respondi que não, afinal não havia motivos para estar brava. E eu que nem conheço o rapaz direito comecei a me perguntar se eu tinha perdido alguma coisa, porque é que eu deveria estar brava. Ok, inocente toda vida, ignorei os sinais que ele já havia começado a trasmitir. Sabe como é, palhaços adoram fazer propagandas de seus espetaculos antes mesmo de iniciar um. Passado o mau presságio, continuei sentada com cara de morta. Tem dias que eu não devo sair de casa, não sei porque eu insisto em ir contra. Eu sabia que não tava afim, que tava cansada e meio bebada, o mais indicado era ter colocado o pijama e ter ido assistir mais uma vez os episódios de House.
Pois bem, como eu nem sempre faço o que eu acho que deveria fazer, fiquei lá sentada imaginando o quão bacana minha cama deveria estar. Nisso o moço voltava, fazia uma hora comigo e depois saia. Na primeira carona que surgiu eu já quis ir embora, até dei uma procurada pra falar tchau, porque eu estava cansada mas não estava grosseira. Não achei. Ok, não vai morrer se eu não falar tchau.
Daí que hoje, minha amiga chega na loja e já fala: Kenia, sabe o principe, então... hora que fui embora ele tava lá atracado com uma loira, de costas até parecia você.
Hum.... parei, analisei. E enfim, palhaço! Como não poderia deixar de ser, tá certo que eu estava um cu e qualquer loira seria melhor compania do que eu. Tá certo que eu fiquei sentada o tempo todo parecendo um dois de paus. Tá... Beleza, mas né? Mas tem neguim que se supera, gente.
Vai ver que toda festa para ele é Carnaval em Salvador. Não basta ficar com uma. Tem que ficar com uma, duas, três. E suspeito que pode ser em casamento, batizado, roda de samba, velório, festa de fim de ano da firma e até ceia de Natal. Vai entender, né?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Onde vamos parar?

Hoje uma amiga me deixou um recado muito triste.
A mãe dela sofreu um acidente e está no hospital.
Sabe, é incrivel como essas situações me atingem. Eu queria muito ter uma formula de deixar todo mundo ao meu redor bem. Queria poder confortar, mas numa hora dessas, sempre me faltam palavras. O que é que eu vou dizer? Oi, sua mãe tá com traumatismo craniano e pensa o quanto isso é legal. Ou então, Ihhhhhhh fica sussa, não vai da nada não.
Oi? Traumatismo craniano assusta. Mesmo que o médico tenha dito que é superficial, é um termo muiito forte a ser usado. Embora eu realmente acredito que tudo ficará bem, isso me fez pensar no que temos feito com a nossa vida. Será que a gente tem demonstrado direito que a gente gosta? Será que as pessoas importantes de nosssa vida tem noção do quanto são necessárias? O que a gente tem feito com tudo isso?
Perdemos muito tempo com trivialidades e esquecemos o mais importante. Esquecemos que pra morrer basta estar vivo, e que a vida é tão frágil que qualquer onibus pode vir e despedaçar.
E o pior é que sabemos de tudo isso, sabemos da fragilidade de existir mas ainda sim não valorizamos. Sabe aquela de saber como é, ou ao menos, como deveria ser? Somos distantes, não por vontade, mas por um desses acasos que não se explica, só se lamenta.

É nessas horas, que não há o que dizer, que tenho urgência de sentar no vazio e nunca mais precisar tentar mais nada. Pela primeira vez, basta o silêncio.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A arte de seguir em frente

Fui descoberta. Poisé, andam lendo isso aqui mais do que eu supunha. O que não é de todo mal, porque assim posso falar sem precisar falar, sabe? Numa vibe quinta série mandar recadinhos e tal, genial! Confesso que fiquei um tanto surpresa porque né... Pensei que só eu e meia duzia de amigas que entram aqui pra rir das minhas desgraças lessem. Mas, não, não estou reclamando!
É estranho gente, puta.. alguém para pra ler quase um diário. Numas vezes existem um 'motivo' noutras não. São só situações hipotéticas que assim, aconteceram, mas não significa que foi recente. Enfim, pense o que quiser.
E também me falta entender porque é que tô me desfazendo em um punhado de desculpas, justo hoje, o mais provavel é que não tenha real motivo algum, eu só precisava falar alguma coisa, qualquer coisa.
Esse ano de 2008 tem sido um ano diferente. Um ano racional. Um ano solitário. Ainda estou juntando os cacos de 2007, que apesar de muito dificil e complicado, foi um ano onde eu estive muito apaixonada. Mas, existem épocas na vida da gente que infelizmente os problemas conseguem ser maiores do que as coisas boas. Maiores do que nossa capacidade de suportar. E foi daí, dessa sucessão de fracassos em vários sentidos da minha vida que eu resolvi brecar. Ir devagar, justo eu. Deve ser a tal coisa do dissernimento. É deixar de fazer algumas coisas, sabendo que deveria, mass aceitando que hoje não é o dia. Aprendi a me respeitar. Assumir o desconforto. Assumir que estou desconfortavel com algumas situações e não tomar mais a culpa toda pra mim. É ficar quieta, sozinha, esperar passar. Porque uma coisa é certa, a gente sempre aprende.
Às vezes a gente precisa caminhar por estradas diferentes…. Tentar coisas ainda não tentadas. Mudar de vida. Pensar diferente. Mas se há algo que aprendi em 2007 é que apesar de tudo que existe no mundo, de todas as situações inesperadas. De toda a dor, a gente pode perder muitas coisas na vida, mas o amor da gente não acaba. A gente pode até não querer ouvir o coração, mas mentir pra ele é impossivel.
É fundamental aprender a desistir do que te faz infeliz. Muita gente pode dizer que você não se esforçou, que poderia ter tentado mais. Vão dizer que a culpa é sua, porque você é teimosa.Vão dizer que a culpa é sua, porque você tinha que ter feito diferente. E você também sabe que vão existir dias cinzas. Sabe que as coisas que te lembram ele vão aparecer na sua frente só pra você não esquecer da falta que ele te faz.
Mas a gente também sabe o alivio de saber que fez a coisa certa e só você sabe o que é melhor pra sua vida.

Só você sabe das suas dores.




E aproveitando, eu queria que você soubesse que não é porque não funcionamos como "amigos com beneficios" que não funcionamos como amigos. Já temos provas de que somos muito bons em ser 'amigos'. Então, já sabemos o que devemos ser.