domingo, 27 de abril de 2008

Mais do mesmo

Continuando a série: coisas que só acontecem na minha vida. Venho por meio deste relatar o que se sucedeu ontém, sábado pra ser mais precisa.
A galera do ônibus resolveu fazer uma festa. Beleza, né? Nisso eu tinha ficado 2 vezes com um aprendiz de palhacinho do ônibus na semana anterior, pensei "Vamos para o abate..."Ok, tudo muito bom, tudo muito bem. Mas eu, que de boba só tenho a cara e o jeito de andar. Notei que meu principezinho estava meio afim de se aventurar em outros castelos. Beleza também. Quer pegar outra, que pegue mermão. E já logo avisei a todas as minhas companheiras que não iria mais dar condição ao aprendiz, posto que não quero e nem tenho roupa para passar por esse tipo de situação. Cheguei lá mais tarde, tranquila e calma feito água de poço. Comecei a beber (e lá se vai a promessa...). Deu um pouquinho, o moçoilo chega com um colega. Ficamos todos lá conversando em uma única mesa. Clima amigavel entre a gente, eu não dei em cima dele. Nem ele em cima de mim. Na minha cabeça esse assunto já estava mais do que resolvido. Eis que, a minha "colega", que fica com a gente no ônibus e tal chega. Ela que não pode ver um rapaz que já logo dá condição, começou a falar mole pra ele. E vai daqui. Vai dali. Niqui uma amiga minha meio estressada viu e não gostou de ver a querida dando em cima do cara que a um dia atrás eu é quem estava pegando, foi lá e avisou. Disse que ia dar rolo que era melhor ela ficar longe. Mas, a moça não quis saber. Foi e pegou. Pronto, daí o circo já estava armado. E eu, que já estava alcolizada não estava a fim de barraco. Queria mais era beber e ver o que acontecia. Óbviamente que eu falei que ela não prestava e que esse tipo de atitude era absolutamente normal, de modo que ela sempre pegou geral e nunca fez questão de esconder. Eu sou assim mesmo, deu motivo eu falo. Não tenho culpa se eu nasci assim... com olhos! Ela, que não deveria reclamar de nada, afinal, quem levou a bolada nas costas foi eu. Quis dar uma de ofendia. É, isso mesmo, quis se fazer de vitíma. Que eu estava falando dela. E que isso-e-aquilo-outro. Dentro da casa, e eu lá fora, bebendo. A situação começou a me irritar e eu entrei pra ir ver o que tava acontecendo e se fosse necessário, já resolver a pendencia com ela. NINGUÉM me deixava chegar na porra da menina. Com muito custo consegui chegar perto dela e falei que se ela quisesse falar comigo éramos pra sair dali que aquele pampero todo não estava com nada. Que a conversa era entre nós duas. Ela disse aos berros que não tinha nada pra me falar. E que eu estava falando mal dela. Repliquei que tudo que eu falei pros outros eu falaria pra ela e voltei a dizer que caso ela queira conversar, era pra ser só entre nós. Saí dali e continuei bebendo. E os humores todos exaltados. Minha amiga queria porque queria pegar ela e eu tirando ela de perto, dizendo que o problema era comigo e se eu não estava preocupada, ela também não deveria ficar. Expliquei que não era a fim do cara e por isso mesmo não valia o aborrecimento. Mas, claro que eu não gostei. Claro que eu fiquei puta. Claro que eu fiquei me sentindo o cu do mundo. Eu e a menina nunca fomos melhores amigas de infância. Nunca partilhamos confidências, nem nada. Mas porra, a menina esta (e vai continuar estando comigo por no mínimo 3 anos) comigo todos os dias. Viajamos juntas. Temos o mesmo grupo de amigos. A conviência é obrigatória. Então, como eu disse acima eu JAMAIS, em TEMPO ALGUM faria qualquer coisa para criar climão entre a gente. Se eu não gostasse do cara, nunca ficaria sabendo que ela fica com ele. Não chatearia ela. Não por ela, mas por mim. Porque não acho que esse tipo de coisa vale o aborrecimento. Esse é o problema. Você nunca se protege de quem é próximo. Porque as vezes pensamos que o "Não faça com os outros o que não quer pra você" é claro pra todo mundo. E algumas vezes (na maioria delas) não é. Eu percebia o clima. Mas nunca cheguei a de fato a acreditar que ela chegaria nos finalmente. Inclusive, um dia comentando sobre isso com as meninas, elas diziam que achavam que se ela soubesse que eu pegava ele, ela não ficaria. Então, como é que eu iria imaginar que a FILHA DA PUTA, ops, que menina estava me apunhalando pelas costas? Ela é do tipo que se faz de super amiguinha, que faz cara de fofa. Te chama por apelidos. Aquela em que eu dei a maior força quando ela levou um pé do namorado. Aquela que sabia dos meus desejos e que os queria MUITO pra ela. E não é porque ela estava gostando dele, não. É porque do nada surgiu aquele desejo de FODA que ela nem deve saber da onde saiu. E é assim, meus queridos, que neguim caga na cabeça da gente. Caga em cima de uma amizade. Caga em cima de uma convivência, por causa de um pau! Se fosse por causa de dinheiro, até daria pra "entender", mas por causa de um pinto realmente só pode ser alguém muito medíocre. Ela e eu estudamos na mesma faculdade. E ela sempre foi legal. Divertida. É daquelas que faz cara de fofa. Que faz piada junto com você. Quando ela estava na fossa, há alguns dias atrás, ouvi seus problemas e claro fiquei naquela torcida do tudo-vai-dar-certo-você-vai-ver. E mesmo não estando apaixonada pelo cara, porra, eu tava ficando com ele um dia atrás! Poisé. E diante de umas situações estranhas. Umas conversas tortas. Eu passei a desconfiar que alguma coisa estava meio estranha. Eu só não sabia direito que era. E no dia em que eu cheguei a essa conclusão, porra eu fiquei muito nervosa. Muito triste. Não por ele. Mas porque eu já logo lembro de todas as outras frustrações anteriores e penso no quanto sou competente em me envolver com caras escrotos. Porém, mesmo depois de ter noção do que estava acontecendo e ter em mente o que viria a acontecer, ainda mantive relações diplomáticas, porque no fundo eu queria muito que fosse exagero meu, ou que não fosse bem assim.
E sabe e o que mais incomoda? É esse tipo de situação não foi a primeira vez que me aconteceu e, certamente, não será a última. Esse tipo de 'amiga' estão por aí, em qualquer lugar, e ela não precisa nem ser sua melhor amiga de infância da ultima semana e o cara nem precisa ser o amor da sua vida.
E o mais legal é que depois fica um jogando a culpa no outro. Ele ainda dizia pra minha outra amiga "Mas eu não fiz nada". Não, não. Não fez. Claro que não fez. Não teve respeito. Não podia combinar com a porra de menina outro dia? Não podia esperar a poeira abaixar. Porque ele já tinha sacado que não ia rolar mais nada entre a gente. Não. Quis logo ir mostrando o quanto é foda. E o quanto é o pegador. E ela por sua vez, quis mostrar (sabe-se lá pra quem) o quanto ela é desejada. Bonita. O interessante é que quando esas coisas acontecem vão ficar arrumando justificativa para cagarem em cima da sua cabeça. Como se falta de respeito fosse sinônimo de fraqueza.
Eu só queria descobrir como é que a gente se defende de pessoas que a gente não desconfia. E depois não adianta se fazer de injustiçada, porque ninguém acredita ou perdoa.
Enfim, esse era pra ser mais um texto engraçado a cerca da minha falta de sorte, mas perdeu a graça, porque eu não consigo rir e não ficar muito puta-frustrada-me-sentindo-uma-idiota só de lembrar.
Ser burra com homem eu até assumo, mas amiga fazendo a gente de idiota é foda.

domingo, 20 de abril de 2008

No sense

Hoje me disseram que eu estou muito melodrámatica. Tipo, estou mesmo! Sério, é horrível quando te falam algo que você não quer ouvir e tipo, você nem tem o que falar. Foda! Mas enfim, coisas da vida. Então decidi falar de algo muito engraçado que se passou agora no feriado. Que aliás, foi super bacana. Diferente. A coisa bizarra que se sucedeu (como se fosse novidade se tratando da minha vida) foi no sábado, no Vila, até aí beleza. Fomos com uns amigos de umas amigas minhas. Estou eu lá, calma e tranquila feito água de poço, quando de repente não mais que de repente um dos amigos pega e me dá um selinho e manda: "Roubei". Cara de espanto da galera ao redor, inclusive a minha. Pensei "beleza, né? Deixa o moço, é até bonitinho, Kenia larga de ser cricri". Continuei abismada, porém calma. Retomamos o assunto na roda depois do roubo, quando de repente não mais que de repente denovo ele me dá OUTRO selinho e solta novamente a palavra "Roubei". Putz. Que merda, só eu no mundo devo 'pegar' um cara que faz essas coisas, nesse momento não consegui evitar pensamentos do tipo "Era pra rir? Será que ele achou legal essa brincadeira? Mas, menos mal, antes um selinho do que meu celular. Cada um rouba o que achar que deve roubar..." Bom, já que o lance era ser sem noção e sem nexo
continuei tranquila e chata, posto que não estava bebendo (estou perseverando na promessa de um mês sem ingerir álcool), imaginei que eu não estivesse gostando devido ao fato de estar sóbria no meio de alcolizados e decidi que ia investir no 'ladrão', tava ali sem fazer nada mesmo. Perseverei na tentativa que o moço me desse um beijo decente e parasse de tentar 'roubar' alguma coisa. Logrei êxito. Beijo bom e tal até que a piada sem noção do roubei valeu a pena. Ledo engano, caros. Não é que ele começou a agir bizarramente. É sério, além de me ignorar algumas vezes ele se comportava de forma esquisita. Não contente em me 'roubar' selinhos, ele começou a irritar todos em um raio de 20 metros. Sérião, estava até me divertindo, posto que não era mais eu o alvo de suas 'brincadeiras'. E ele não desistia de irritar a galera, todos amigos dele, mas que aposto que já estavam com o saco arrastando no chão. E eu pensando "puta merda, eu me supero demais, mas vamos dar um desconto que o moçoilo está alcolizado..." Velho, não tinha como dar desconto! A coisa era muito estranha mesmo. Ele realmente tava se tornando um palhacinho bêbado: me cutucava, debochou de umas meninas que estavam com a nossa turma de amigos mas que nem eram íntimas, atrapalhava geral quando queriam passar. Enfim... Teve uma hora que ele ficou de COSTAS pra mim. Exatamente, ele me ROUBA dois selinhos, me beija, fica todo de gracinha e depois fica de costas pra mim. Oi? Beleza, né? Estava generosa e não seria ele que me tiraria da paz que havia se instalado em mim naquele dia. Daí do nada ele me puxa e resolve ficar de casal! Gente, me assustou. Já peguei tudo quanto é tipo de gente, mas confesso que como ele foi novidade e eu realmente estava me divertindo com a situação. Mas o melhor de tudo estava por vir... Ele abraçado comigo, eis que passa um moço atrás e meio que me empurrou em cima dele, ele não mais que de pressa virou e falou: "Nossa, parece que é minha namorada me agarrando assim" Oi? Putaqpariu! Não basta me encher, me atrapalhar, constranger todos ainda vem falar que eu tô querendo ser namorada dele. Gente, o mundo é muito estranho! Resolvi relevar e sai de perto. Daí vem ele, todo querendo graça. Falei pra ele que não era namorada dele então não deveria beijar a boca dele. E ele fala "eu não quero beijar, quero só encostar"! !!!!!!!!! Tá, né? Que porra é essa? Gente louca, cara. Como ele pode achar que uma brincadeira dessas seria engraçada?? Continuei normal, não sei que que me deu aquele dia eu estava muito benevolente. E daí que seguiram uma sucessão de atitudes bizarras e engraçadas, eu havia até desistido de dar uns beijos nele, que como disse anteriormente era bom e tal, e resolvi só assistir o espetáculo. Sem contar que ele me perguntava várias vezes se eu estava brava. Claro, claro que não estava brava. Eu estava horrorizada. Chocada. Abismada. Mas brava não.
Pra coroar noite tão agradável, ele queria que eu fosse embora com ele! Até valeria a pena. Juro que valeria. Se ele não estivesse tão bêbado. Tão inconveniente e se não tivesse me proporcionado momentos inéditos. Ele se comportava tão bizarramente que até superava a palhaçada. Era tão esquisito, fazia coisas tão inusitadas, grosserias tão inesperadas que resolvi dividir essa experiência com todos.



Jesus, Maria, José ... acho que eu tenho um imã pra situações assim.

ninguém merece. ninguém merece!

domingo, 13 de abril de 2008

Miss

Quinta, sexta, sábado e domingo. Não sei quais dos dias eu fiquei mais alcolizada, mas eu sei em quais deles eu não fiquei bêbada: Nenhum.
A coisa foi tão feia, que eu falei pro meu pai que vou parar de beber. Mas ele não acredita em mim.
Sérião. Daqui a pouco eu vou começar a beber de começo de semana. Daí, queridos. já era. Será o fim. Porque Oi? Basicamente mais da metade semana eu passei sem ter muito noção da realidade.
Quarta feira volto a trabalhar e a co-habitar com pessoas tão legais e gentis no ambiente de trabalho. Delicinha. Mal posso esperar.
Hoje, ainda sem muita noção da realidade, assisti o concurso de Miss Brasil. Domingo é foda.
Tipo, super fácil de acompanhar, todas muito diferentes e tal. Uma graça.
Não consegui lograr êxito em saber qual seria a campeã. Posto que de tão animada que a disputa estava, eu dormi em aproximadamente, 10 minutos. Depois, claro, corri no Terra pra saber quem tinha sido a grande campeã e futura ex-BBB. A miss Rio-Grande so Sul. Ela realmente era a mais bonita mesmo, acho essas competições meio marmelada sabe. Tá bom, parei. Poisé gente. Domingo. Vcs sabem como é....

terça-feira, 8 de abril de 2008

muito prazer, meu nome é otário

É íncrivel perceber como sou sensivel a tudo que me acontece. Essa sensibilidade vai além do fato de ser canceriana até os dentes. As coisas me atingem de uma forma inacreditavel, não só o que se sucede a mim, mas também o que acontece com pessoas próximas, queridas ou não. E a forma como isso vai moldando quem eu sou hoje, nesse texto. E como a gente muda para se preservar. O quanto a gente se priva pra não sofrer. O tanto que nosso coração precisa ser maltratado - as vezes até por nós mesmos. Quando a gente precisa deixar de ser, quando mais se é. Hoje me encontro em um nível que jamais, em tempo algum, imaginei chegar. Não consigo acreditar mais, perdi parcialmente minha capacidade de sonhar e acreditar em alguma coisa que possa dar certo. E isso é absolutamente íncrivel, pra quem me conhece. Logo eu, a que causa e corrompe o tempo todo. Porque eu sou essa, eu sou sempre a que vai sem pensar porque, pra que. Que quando vê tudo é tanto e muito e não dá mais controlar. A que sempre gostou de manter o controle mas que nunca o tinha de fato. Sempre fui a mais idealista, sonhadora. Hoje, eu não consigo saber onde a minha capacidade de sonhar se escondeu. Não consigo ser eu. E isso dói. Dói tanto quanto uma decepção. Me tornei amarga. Cética. Me tornei uma pessoa que nunca fui e não tenho certeza se quero ser. Embora, finalmente eu consiga finalmente praticar a praticidade que eu sempre prezei muito em mim. Ela floresceu de uma maneira muito rápida e muito forte. Não sei se isso é bom ou ruim e não sei se quero descobrir. Porque quem eu era ficou lá atrás, junto de todas as suas promessas.

domingo, 6 de abril de 2008

algum lugar

Não subestime minha inteligência. Sei entender mesmo as palavras não ditas. Ultimamente umas das coisas que mais tenho tentado aprender é a ser humilde. Associar mais facilmente os não's que a vida me dá. Tentando ser mais paciente. As vezes o meu tempo não é o tempo dos outros. E as vezes o tempo dos outros não é o meu. As vezes nem todas as pessoas acham que se não for agora não vai ser nunca mais. Esse desespero não está contido em todo mundo. E exercitar a paciência pra quem nunca soube esperar é doloroso. Quase uma auto-flagelação.
Quase nunca consigo. Devo admitir. Mas, como sempre, tento pelo simples hábito de tentar. Aliás, isso deve contar pontos em algum lugar. Sempre fui muito a favor do "o mais importante é competir" em todos os sentidos. Me machuquei sériamente algumas vezes. Mas na maioria delas nada que não tenha virado uma história engraçada quando passa. E esse gosto pela tentativa não provém do fato de ser otimista. Lutadora, nem nada parecido. É proveniente da teimosia. E do simples fato de que pra minha vida eu acho que pra tudo se tem um jeito. E nada no mundo pode ser mais importante do que ser feliz. Se a felicidade for pra sempre, vale a pena. Se for por 10 minutos, também. Se não der certo? Beleza, quase nunca dá mesmo. Nada que cerveja e uma boa conversa sobre nada não resolva. O que fazer com o vazio que vem depois? Bom, isso a gente tem que é lidar sozinha. O que também acho que conta alguns pontos, em algum lugar. Em algum lugar isso deve contar algo.
Recentemente lí um texto, de uma blogueira também, falando que a frase "Sinto sua falta" é o maior dos elogios. Que coisa mais linda pra se dizer não há. Não sei se faço falta pra alguém. Mas sei o quanto dói quando tenho que dizer isso a alguém. Então, a gente continua, sem saber se fazemos falta a alguém. Se em algum dia a gente conseguiu fazer com que a lembrança seja tão forte a ponto de alguém te dizer o quanto sentiu sua falta. Mas enquanto isso, a gente vai andando. Continuando a esperar por esses pequenos gestos. O que também deve contar pontos em algum lugar.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

silêncio

A idéia de criar um blog surgiu com a minha imensa necessidade de falar. Sobre tudo, pessoas, sentimentos e qualquer tipo de coisa sem importância que seja importante pra mim. As palavras vão saindo quase que sem controle, bom, acho que vem daí a minha fama de não deixar nunca ninguém falar. Então optei por isso, por um ouvinte silencioso mas que está sempre alí, pronto para ouvir mais um peripécia, mas uma decepção, mas uma história escrota, mas uma frase piegas, mas que está alí, para todas as minhas necessidades desnecessárias.
E sabe que não importa se eu falo coisas bonitas. Ou se você tem uma postura bacana diante das coisas. Ou se você fica na sua casa vendo tudo acontecer. Algumas coisas não mudam. A maioria delas, desde que o mundo é mundo as coisas são assim e serão sempre. Independente de qualquer coisa.
Eu tô perdendo a minha vida com esse negocio de paixão e perda. Paixão e posse. Paixão e nada. Porque no fim tudo vai virar em nada mesmo, e é melhor me acostumar com isso.
Não quero dizer que isso é bom, não é bom. Óbvio. Mas é a realidade. A minha realidade.
Por hoje, eu só queria saber como faz pra parar de doer. Queria saber como perdoar. Aliás, um amigo me disse "Você só vai se livrar disso quando perdoar." Mas, tipo, COMO ASSIM PERDOAR? Ainda não consegui ser tão sublime para perdoar alguém que magoa tão facilmente. É isso mesmo, Kenia 100% rancor. Não consigo perdoar, doa a quem doer, mesmo que seja em mim.
Pode ser que o tempo passe e a minha crença no amor retorne, vai saber né. Não sou muito de duvidar das coisas. Mas se bem que comigo, isso pode não funcionar. Eu sou a excessão das grandes regras. Desaprendi. E agora só ficou essa coisa engasgada que me da inspiração pra textos sem nexos, como este. Que me faz querer conversar sobre o assunto. Que me faz reviver tudo denovo toda vez que conto a história pra alguém diferente. Que me faz não esquecer de você, mesmo sendo você, aquele que não consigo esquecer, mas também não consigo ter nenhum tipo de sentimento bom.
Eu estou pensando sériamente em tomar um jeito sabe. Pensando em cuidar só de mim. Pessoas atrapalham, especialmente como você.
Acontece com outras pessoas essas coisas? Medo? Insônia? Dor? Ah, devem ter tudo.
Eu também tive muito, e de tudo só ficou essa mágoa.
E esse silêncio