terça-feira, 31 de março de 2009

amortecidos

Não sei por onde começar, aliás, eu nunca sei por onde começar a não ser ridicularizando o fato de não saber por começar a escrever qualquer coisa. É foda, a gente fica pensando em alguma frase de efeito pra começar. Só que esse texto em si, tem um agravante, ele já é um pouco antigo, sabe aquelas coisas que nascem atrasadas? Então, é bem por aí. Porque a gente sempre tem muito a dizer, sabe, aquela coisa de muita coisa pra falar e os pensamentos irem mais rápidos do que as palavras? Poisé, daí é nisso que a gente se atropela tudo, fala tudo errado do que pensa e continua na mesma. Então, no meu caso, palavras são mais amistosas, palavras escritas. Não sei se isso já aconteceu com você, mas já lhe aconteceu de ficar preso a pontos de interrogações? Então, é ruim. A gente tenta, insiste e nada. Fica naquela, "Mas eaí?". Daí você espera por meses na esperança de que elas aliviem a dor do coração, mas depois de tanto tempo assim, elas não são mais as mesmas. Elas já perderam a cor, ficaram desbotadas, tipo aquela blusa que a gente não usa e deixa guardada, quando coloca ela já está com aparência de velha, mesmo que nunca se tenha usado. E elas não vieram na época certa, de certo porque estavam vigiando os impulsos de quem as diria. E eu que não durmo de tantas palavras congestionadas.
Sabe aqueles amores que atormentam a vida de alguém? Até serem resolvidos, ou entendidos... ou amortecidos...
Então, acho que foi por isso que eu não durmi!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Transparente

Sou uma pessoa transparente. Completamente, basta me conhece um pouco pra saber exatamente o que estou achando de qualquer coisa ou como estou me sentindo aquele dia.
Canceriana até os dentes, meu humor oscila o dia todo, na mesma hora que estou super animada pra qualquer coisa, já me bate uma vontade de ficar em casa e não olhar na cara de ninguém.
Hoje, um exemplo desses, ontém estava para explodir de tanto orgulho de mim mesma. E hoje, se eu disser que hoje eu acordei triste, foi dificil sair da cama, mesmo sabendo que eu estava atrasada e que teria um monte de coisas pra fazer. Até os rituais que faço sem nem prestar atenção, como tomar banho, pensar em uma roupa bacana, arrumar o cabelo, também foi dificil de realizar. Se eu disser que eu tive um dia assim, o que será que você me diria?
Se eu comentar que hoje não foi um dia como os outros, como ontém, não consegui nem sentir culpa pela minha nostalgia, hoje levantei devagar e tarde e não tive vondade de nada, de fazer nada. O que será que diriam pra mim?
Algumas amigas minhas iriam me dizer pra me animar e me indicar um remédio antidepressivo ou um nome de algum terapeuta! Outras vão me lembrar que tem gente muito pior que eu, vivendo coisas mais graves do que eu (mesmo até desconhecendo a razão da minha tristeza), vão dizer que eu não sou assim, pra deixar de besteira e voltar aquela que sempre fui, velha de guerra. E não estariam mentindo, porque eu sou sim uma pessoa que gosta de viver e leva quase tudo na esportiva, bom, quando não levo sempre faço piada da minha desgraça, mas tem dia que nem colando o nariz de palhaço no rosto ele para.
Eu sei, que fazem isso porque gostam de mim, mas sei também que fazem porque não é toleravel a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. É chato ser triste. Conversar com alguém triste. Suportar alguém triste. Então, é melhor eliminar
Não sorriu hoje? Toma dramin e dorme. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, procura logo uma terapia.
A verdade é que muitas vezes a gente nem sabe o que tem, o porque do aperto no peito, o motivo do coração estar tão pequenininho, nem mesmo com a suave melancolia de sempre está tudo normal. Até mesmo quando me sinto triste, também está tudo normal. Porque, ficar triste é comum, é um sentimento tão real quanto qualquer outro, é aí que a gente lembra da nossa sensibilidade, que ela ainda existe, mesmo quando nos deparamos com um mundo sentimentalmente anestesiado. Eu sou assim, ora gargalho com meus amigos, em outras busco silêncio e solidão.
Estar triste não é estar deprimido. Depressão é coisa muito séria.
Estar triste, é prestar atenção em si próprio, é se decepcionar com alguém, ou com vários ou consigo mesmo. É estar meio cansado de certas repetições, é perceber que somos frágeis em um dia comum, sem nenhum motivo relevante, aliás, as razões tem essa mania de serem discretas.
Cazuza dizia: "Qualquer sentido vago da razão, eu ando tão down", e ele ainda completava que pega mal sofrer. Né? Taí uma verdade, pega mal. Melhor mesmo é sair pra balada, forçar o sorriso, dizer que está tudo bem, desamarrar a cara. "Não quero te ver triste heim". Todos reprimem a tristeza porque poucos a enfrentam de fato. Não se esforçam para entender mas sim pra disfarçar, sufocar. As pessoas desconfiam de quem está calado demais.
Óbvio que é melhor estar alegre do que triste, mas ninguém vai me privar de sentir o que for.
Porém, a maioria das vezes, a gente mesmo é que não se permite estar um pouco abaixo da euforia. Pisar na merda de salto alto, sempre.
Só que, tem dias, que eu não estou pra samba, pra rock, pra hip-hop, e não é por isso que vou camuflar a minha introspecção, nem vou aceitar convites para festas em que nada tenho nada para comemorar.
As vezes, me deixem quieta, daqui a pouco a eu volto, eu sempre volto, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normal que sou.

terça-feira, 24 de março de 2009

Indo atrás.

Esse ano não pedi nada demais, não pedi um grande amor, nem uma fortuna inesperada... A única coisa que pedi, de coração, foi que 2009 fosse um ano feliz. Um ano colorido, um ano que passasse a borracha em todo tipo de mágoa, medo, coisas ruins e que começasse tudo denovo. Mas, com o tempo, a gente aprende que essas coisas não são possíveis. E que as coisas são o que devem ser e estão onde deveriam estar.
Mas, 2009 tem me mostrado e me levado a um outro caminho, um caminho que eu sempre busquei mas não sabia que estava na direção certa. Primeiro foi profissionalmente, agora é pessoal. Estou meio que mudando de casa, vou morar em uma amiga minha. E, eu não sei como vai ser, se vai dar certo, mas eu quero absurdamente tentar. Se tiver que voltar atrás eu volto, mas eu não vou desistir sem antes quebrar a cara. Já quebrei tantas vezes por coisas que as vezes eu nem queria muito, o sonho de "liberdade e independencia" sempre foi o maior deles, então vale o risco. Vale o sacrificio!
Sempre tive um orgulho maior que eu, o que é parcialmente bom, porque eu sempre quero provar pros outros que eu consigo, e que mesmo se não conseguir, que eu tentei de todas as maneiras possiveis, e isso se aplica a todas as areas da minha vida e a tudo que eu me proponho a fazer dar certo, o ruim é que isso se aplica sentimentalmente, o que dificulta bastante as coisas, mas falemos de coisas que podem dar certo. Porque hoje eu só quero o que pode dar certo.
Talvez por ser filha de pais separados muito nova, eu não tenho uma experiencia de familia, com pai e mãe, nunca tive, aliás. Sempre me senti amada, porém sempre tive uma crateras de carências a preencher, deve ser por isso que sou tão apegada as minhas amigas - as melhores que alguém pode ter. Pois bem, então, devido a esse fato sempre senti uma fome de liberdade gigante, sempre quis voar, sempre quis a independencia antes de tudo. E ter alcançado isso me deixa extremamente orgulhosa de mim, porque eu fui atrás, porque eu pude notar que eu tenho sim valor, mais do que algumas pessoas insistiram em me dar.
Vou buscar tudo que eu quiser. Eu vou além. E acho, que você deveria ir também. Porque todo mundo consegue, é só querer o suficiente. Eu sei de tudo que eu quero viver.
Eu não sei direito o que quero ser.
Mas tenho certeza do que não quero ser.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Louvado seja o bom senso!

Quando eu falo isso, soa clichê. Mas a verdade é que deveria ser uma lei, 1- respeito e 2- BOM SENSO.
Todos os dias eu leio jornais, de papel ou online mesmo. É um hábito que adquiri desde mais nova, primeiro com meus pais e foi reforçado quando comecei a faculdade de Jornalismo. São vários por dia. Todo dia. No entanto, estou cada vez mais convencida de que isso faz mal à saúde. É muita tragédia. Corrupção, morte, guerra. Sem contar a parte da segurança pública - que é deploravel.
Se não tivesse tantos amigos bacanas, não tivesse uma família como a que muitos deveriam ter, mas não têm, sei não. Estaria deprimida. Estaria infeliz. Estaria com medo. Ler jornal amedronta. Apavora. Intimida. Por que há o que fazer diante de tanta aberração? Tem gente que não é gente. Gente que mata e põe num freezer, gente que abusa de uma criança de 5 anos, gente que embolsa o dinheiro público, gente que mata e intimida ao invés de proteger.
Lemos todo dia o quanto o Brasil tem se desenvolvido, mas está cada dia mais violento. É assalto, é sequestro relâmpago, é estrupo, é tiroteiro. Aliás, percebemos que a crueldade dos crimes aumentam dia após dia, é uma realidade. Bata pegarmos estatísticas, assisirtimos tv ou mesmo conversarmos com as pessoas - todo mundo tem uma história trágica para contar. E eu, infelizmente, também sou hoje uma dessas pessoas. É incrível como gente que deveria prezar por nós, é capaz de intimidar e forçar uma situação que não existe, deve ser pra mostrar serviço por ser incapaz de combater o que realmente deveria ser combatido.
No momento em que escrevo essas palavras duas amigas minhas estão ilhadas em outra cidade, porque um policial, que deve se achar Deus, resolver encrencar com nós e foder com um monte de coisas.
É assim, todo dia é assim. Não existe mais respeito, não existe mais bom senso. Não se prioriza o que realmente deve ser priorizado. E não só nesse caso, mas em muitos outros. Nossas vidas estão valendo cada dia menos e não sabemos aonde vamos parar. Precisa pressionar e humilhar? Não basta avisar? Não basta educar? É preciso ver, dor, medo?
Eu sei que tem muitas boas excessões, mas, até hoje, não tive o prazer de me deparar com elas. Nossa policia faz vergonha.
Matam pessoas como matam insetos - e não podemos nos acostumar com isso. E quando não matam injustamente, ferram com a gente injustamente. Eu não sei mais o que pensar, até porque enquanto escrevo aqui, existem muitas pessoas sendo coagidas por quem deveria nos protejer e outras tantas pessoas estão sendo vítimas de algum tipo de violência país afora, fazendo com que meu coração fique pequeninho - e menos brasileiro.
A violência verbal ou física sempre existiu e precisamos um dia, quem sabe, combatê-la.
Eu gostaria de escrever coisas boas. Gostaria de escrever sobre o quanto estamos evoluindo como nação. Mas, gente é uma coisa tão asquerosa que gosta mesmo é de ver tragédia, fracasso, roubo, sequestro, coação.
O pior de tudo, é que desconfio que não ia ter tanta coisa boa para escrever. É nessas horas que perco toda a esperança na humanidade - se é que já tive alguma.
E também, tenho certeza, de que aquele policial estava achando a maior graça da situação. Deve ser realmente legal abusar da autoridade que lhe foi confiada para um dia, quem sabe, protejer os outros.
Eu acho que precisamos de gente sem graça! Cada dia mais.
Eu acredito em pessoas que respeitam. Que possuem bom senso. Não queria desacreditar tanto nas coisas que acredito.

terça-feira, 17 de março de 2009

E agora?

Sabe aquelas pessoas que a primeira vista você já se identifica? Então, a Thais é dessas. Divertida e carismática, logo em dois minutos de conversa parecíamos velhas amigas de infância, daquelas que você conta tudo sem ter medo de ser mal-interpretada, geralmente, eu atribuo valor às coisas medindo a quantidade de coincidências que foram necessárias pra que ela acontecesse. No caso dela, foi uma enorme - e maravilhosa - coincidência. Durante 5 meses ela foi presença diária na minha vida. Alegrando as 8 horas chatas de trabalho, chegando cada dia com uma novidade diferente. É algo que se torna melhor quando vira cotidiano, e cria uma quase dependência, você não tem idéia do quanto faz e do quanto fará ainda mais falta. Admiro você por sua leveza ao levar a vida. Por saber aproveitar o que acha aproveitável independente dos outros, mesmo que o "aproveitavel" seja uma prática socialmente reprovavel. Admiro sua coragem em dizer aquilo que pensa, coisa rara hoje em dia. Admiro o modo de assumir o risco até o fim. Te admiro por ser essa pessoa que consegue transmitir o que sente de maneira tão simples, mesmo que isso geralmente te traga resultados negativos, é Thata, infelizmente nem todo mundo é tão verdadeiro e transparente. E eu sei que não faz por mal.
Tenho propriedade pra dizer que você é de ouro. Você foi um achado dentre a população bonifaciana, cheia de gente hipócrita e mesquinha. E você sabe disso, sabe mesmo quando briga comigo, sabe mesmo quando me chama de encanada, sabe mesmo quando finge que o que eu disse não faz sentido. Em relação a você, eu me sinto a irmã mais velha, sabe? Aquela que "já passou por isso", por isso as vezes é mais fácil prever algumas situações, e mesmo que você não me escute. Como já te disse antes, seu único defeito é pensar que todo mundo é igual a você, nobre de espírito, indepentende de algumas ações, e não saber lidar com seu coração, mas afinal, quem é que sabe né?
Nunca vou me acostumar com a velocidade das coisas a duas semanas atrás estávamos dando risada no escritório da loja e hoje eu estou em outro emprego e você de viagem marcada para São Paulo.
Sempre digo que o valor dos sábados está diretamente ligado à raridade dos sábados e o valor das pessoas queridas está relacionado à falta que se sente delas. E você faz muita!
Te amo Magricela, e agradeço por ter te encontrado e por ter conseguido fazer parte da sua vida. Seja no trabalho. Nas voltas de motinha. Na captura dos paqueras. Ou nos porres.
E sei que vc saberá fazer tuas escolhas, amar é confiar, né?
Beijos!

domingo, 15 de março de 2009

Alô? Chama o nexo pra mim?

Ao contrário do que parece e algumas pessoas pensam, não sou tão arrogante quanto pareço. Na verdade, nas últimas semanas, principalmente, não importa onde eu esteja ou com quem, sempre tenho aquela sensação de o-que-exatamente-estou-fazendo-aqui?

É que de repente me dei conta que tenho 20anos, várias contas para pagar, muito o que fazer na faculdade, um monte de livros pra ler, e que odeio me envolver sentimentalmente com adolescentes que não crescem.

Outro dia um antigo rolo veio perguntar se eu estava afim de sair, assim, do nada. Achei engraçado, mas não respondi. Ele ainda insistiu… queria-porque-queria me ver, conversa, "botar a conversa em dia" de acordo com ele. Continuei achando engraçado, até porque nem era nada de mais, só o fato dele ter sumido durante quase um ano. Respondi que estava indo dormir e que combinavamos outro dia, me perguntou o que ele tinha feito, se eu estava brava com ele. Respondi que nada a ver, só estava cansada e afim de dormir. Ele na verdade só quis me testar, saber se eu ainda estaria na dele, assim poderia me ligar novamente sempre quando quisesse. Levei na esportiva, mas se EU tivesse essa atitude seria a humilhação século. Ele me acusaria de não seguir em frente, não superar, de imatura, que não sei respeitar sua privacidade. E olha que não somos nada, nem amigos. Aliás, faz muito tempo que não o vejo, quando nos vemos somos sempre civilizados, nos comprimentamos e vazamos, nada de esticar a conversa. Na época eu até era super a fim, mas não rolou por inumeros motivos que hoje não vem mais ao caso, e no caso dele, em pouco tempo eu havia o superado completamente, agora do nada ele resolver ver se ainda tem contatinho comigo. Se fosse o inverso, certamente ele contaria para todos nossos amigos incomuns dizendo que não consigo esquece-lo ou coisa parecida. Isso me deixa doente, porque ELE é o simpático que só quer sair e conversar e EU a obcecada? Ora, eu tenho mais (merda) coisa na minha cabeça do que ficar me preocupando em saber se ele ainda está na minha ou não, se ainda rendia alguma coisa. Ele estava curioso ou sei lá. Não me importa. Nem ele. Daí que se a curiosa sou eu, a psicopata sou eu também…e as pessoas são tão agressivas no que falam, que a gente acaba duvidando da própria sanidade.
Ahhh… vai pro inferno enlouquecer o capeta.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Carta ao encosto

Sabe, eu acho que eu tinha um encosto. É sério, eu sinceramente acreditava que ele convivia comigo e zicava toda a minha existência, o que não é um trabalho muito difícil de se realizar, mas né... cada um no seu cada um. Mas tenho a impressão de que ele dormiu no ponto e eu meio que consegui me livrar dele, só que, receio que talvez ele não queria ir embora. Eu imagino que já está tudo bem, que minha dívida divina ou seilá o que esteja Ok (até que eu avacalhe denovo). Só quem parece não saber é ele mesmo, que ainda não percebeu que está na hora de ir embora.
Então, eu quero vir publicamente pedir a ele que se retire, porque né... Deu já!

Oi, então, você já deve saber pelo fato de me acompanhar por tanto tempo que eu não suporto alguém me acompanhando 24 horas por dia, porque né... só pareço artísta, mas não sou novela (só pra não perder a esportiva de sempre), portanto eu gostaria de reivindicar ao senhor que, por favor, saia do meu caminho e vá procurar a sua turma. Sei também que seus interesses podem não ser específicos e exclusivos, pode ser também que nem tenham nada a ver com a minha pessoa, mas o fato é que isso tem inferido diretamente na vida emocional, proficional e todos os (al) desta que lhe escreve, que como você também já deve ter conhecimento é uma pessoa que tem, sim, (muito) medo de coisas que não podemos controlar.
Se o seu foco de interesse for pelo espaço, confesso que minha vida é meio que sagrada pra mim, e só adentrada por aqueles com quem mantenho um nível considerável de intimidade. Além disso, na grande maioria das vezes, essas pessoas são convidadas.
Então, numa boa, senhor encosto: Eu não AGOENTO mais, por favor, vá procurar novos desafios. Como dizem por aqui: ninguém merece. Não sei se usam essas expressão no mundo dos encostos, mas ninguém mesmo, senhor Encosto, ninguém mesmo merece. Principalmente meus amigos, que logo-logo vão achar que o encosto sou eu. Mas o senhor não deve ligar, não é mesmo? Sabe, a compaixão ajuda a libertar, senhor Encosto.

Então, hoje, oficialmente, convido o senhor a se retirar e a seguir a sua jornada rumo a qualquer outro lugar, um lugar talvez que eu infelizmente ainda não tenho capacidade de compreender a dimensão (e por favor, se o senhor descobrir onde é, não precisa voltar para me contar. Não quero estragar a surpresa). Arrume suas coisas (?) e voe! Considerando, é claro, que torço muito por você e pelo seu sucesso e coisa e tal. Espero realmente que o senhor tenha um lugar legal para ir. Uma boa sugestão seria o senhor ir para o Céu, suspeito que por lá tenha bastante trabalho a ser feito. Ouvi dizer que abriram vagas nos setores de Economia Mundial, Paz na Terra e Acidentes Aéreos. Acho que o departamento de Direitos Humanos sempre está precisando de novos funcionários. Por que o senhor não manda um currículo? Sabe, senhor Encosto, Deus ajuda quem trabalha!



Boa sorte.
Beijo, não vou falar "Beijomeliga", porque como pude perceber o senhor realmente não é dos melhores em entrelinhas, capaz de levar a sério e tentar me ligar ou entrar em contato novamente, e como já disse anteriormente já DEU de contato.
Fique bem.


Kenia.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um novo começo

Eu que estava sériamente desacreditando de que as coisas boas realmente existem (fora cachaça e homem), que já estava pensando que Deus nem sabia da minha existência ou desistiu de mim por ver que não tem muita solução mais não, fui pega de surpresa por uma oportunidade e tanto.
As coisas acontecem, e quando sua mãe fala pra você não desistir dos teus sonhos ela tem toda a razão. Mesmo que você pense que não, ou que tá demorando demais e se pergunta "Até quando?", é só não desistir. Mesmo que seja difícil, mesmo que em inumeras vezes você fique confuso.
Eu sou prova disso.

quarta-feira, 4 de março de 2009

como as coisas deveriam ser...

Há momentos durante o dia em que eu perco toda a esperança na humanidade - se é que algum dia tive alguma. Conversando com uma amiga hoje, chegamos a conclusão de que o mundo é muito machista. Oi? Novidade? Pra mim foi. Fiquei chocada de ver como os argumentos dela se faziam completamente pertinente, e eu, devo ter morado em Bambuluá todo esse tempo pra não ter percebido isso ainda.
Com homem não existe isso de "moderna", "liberal", "indepentente". Existem as putas e as não-putas. Saiu com o moço, tava afim e acabou rolando? Puta. Saiu com o moço, queria, mas preferiu fazer graça? Não Puta. Fácil assim. Simples assim. Quer dizer, o moço não está interessado se talvez você também estivesse com vontade, ou que simplesmente aconteceu, afinal, as coisas acontecem, né? Não. Mesmo que ele não saiba absolutamente nada a seu respeito, mesmo que você nunca tenha saido com qualquer conhecido dele, foi com ele, vai com qualquer um. O cara é tão babaca que ele mesmo se intitula "qualquer um".
Ou seja, vamos todos sermos hipócritas e reprimir tudo o que não for politicamente correto. Concordo que nem tudo que nos é licito é bacana de se fazer. Ok, limites, não pode porque já pegou o amigo. Não pode porque é namorado de alguma conhecida. Não pode porque é ex de amiga. E agora, não pode porque ele vai, isso é fato, contar pra todos os outros da roda.
Eu, no meio da minha mesmo que não aparente, vasta ingenuidade, acreditei que simmm, as pessoas (algumas) tinha conceito do que é respeito, consideração. Sentimentos nobres. Errado. Vai contar, mesmo que tenha sido uma experiência a parte, incomum, impar, singular, vão generalizar. Porque por mais que a gente se conheça e alguns poucos amigos também nos conheçam, as pessoas não nos conhecem. Não sabe dos nossos pensamentos e convicções, e acabam julgando o livro pela capa. Feio, mas humano.
O que eu fico pensando e tentando desesperadamente mudar é que em algumas situações, se sinto alguma culpa não foi pelo que fiz escondido, ou por estar realizado uma experiencia socialmente reprovavél, a única culpa que consigo carregar é a culpa por não sentir culpa alguma. Mas toda essa modernidade também nos leva a agir de forma mecanica e fria. Distante, e por mais que eu também faça parte da era da "anestesia sentimental" em muitas ocasiões eu me olho no espelho e não me reconheço. Algumas vezes, eu percebo que me transformei em algo que eu não acho bacana. Me comparo com pessoas que não me agradam.
No fundo, as coisas deveriam ser bem mais simples, e claro, complicamos tudo. Mas infelizmente algumas coisas a gente nunca vai mudar e nunca vai entender, seria ótimo se cada um cuidasse da sua vida e se dedicasse mais a virar mais gente ao invés de comentar com quem a fulana andou saindo, mas isso é ilusório e infantil.
Acho que perdi muito tempo em Bambuluá, escutando aquela música ado aaaaaaaado...