sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Estive pensando...

Estive pensando, aliás, mulheres pensam demais. Enquanto que pros homens é tudo muito simples, ou é ou não. Bom, talvez se os homens fossem menos mentirosos fosse mais fácil lidar com certas situações, ou nao. Vai saber.
Seria maravilhoso se não existissem jogos, ou se não fossemos tão estranhos, porque o que tá alí fácil demais, perde a graça. Ninguém quer o fácil. Seria tão bom se gostassemos do que nós temos e fim. Mas depois de tantas rasteiras a gente fica com medo de tudo. Medo de ficar se expondo. O amor da gente fica parecendo um objeto, daqueles de decoração, que a gente dá de presente, e a pessoa as vezes nem sabe o que é e onde colocar. Eu tento ser racional, do tipo que pensa que quando quer, quer mesmo e foda-se todo o resto. Ele saberia onde colocar a merda do objeto. No entanto, eu odeio me sentir idiota, então pra evitar esse tipo de situação não vou dar mais porra de presente nenhum.
E isso tudo é uma merda porque eu detesto esse clima pessimista rancoroso, talvez é a gente que complica a vida mesmo, ou não.
O caso é que eu estou morrendo de medo de fazer a maior merda da minha vida.
A gente sempre coloca a culpa nos cafagestes né... (se bem que homem cafageste é quase um pleonasmo...) , o fato é que as piores situações que eu passei sempre foram protagonizada pelos bonzinhos. É fácil gostar dos que não prestam né? Eu mesma já fui apaixonada por váááários, o cara tem crachá e firma reconhecida de cafageste, mas né... a gente nem liga e vai que vai. Depois chora ouvindo música sertaneja, paixões são mais explosivas, né? A gente chora. Grita, liga toda hora. Liga e desliga. Tem vontade de quebrar tudo na cabeça do cara. Aquela novela mexicana, beijo de tirar o folego, essas coisas... Do nada o cara aparece na sua casa, de madrugada, bebado falando que te ama... e no outro dia te olha com cara de 'nunca vi mais gorda'. Mas então, dessas histórias eu sempre consigo lembrar e dar risada, sou mestre em tornar a tragédia cômica, pelo menos, a maioria delas. Ou seja, gostar de cafageste e sofrer por eles é fácil, é quase que 'obrigatório', e esse sofrimento dura dias e pronto, já vira uma história engraçada. Mas e os bonzinhos?
Digo bonzinho aquele cara que a gente gosta, mas assim, gosta mesmo, gosta mesmo com todos os motivos pra não gostar, gosta até dos defeitos... Gosta de encher os olhinhos só de lembrar. O problema é que neles a gente acredita mais do que nos bebados... A gente acredita que vive uma história de verdade. Sem tapas e beijos. Uma relação inteligente onde a gente senta, conversa e se entende. Onde ele diz coisas que eu acredito e não porque ele é bom de lábia ou porque diz coisas pra fazer bem pro meu ego ou carencias emocionais, a gente acredita simplesmente porque não há motivo algum pra mentir. A gente tem paz, sabe? Mas daí quando as coisas começam a desandar, e tudo começa a cair e só Deus sabe quando vai parar. Descobre que as coisas não eram bem assim, conversas exaustivas até chegar ao fim... Jezuuuis... É um tipo de dor que sempre vai doer... mesmo que passe. Porque é um tipo de dor que nem deveria existir.
Deve ser por isso que as pessoas vivem traumatizadas. Vivem cheias de problemas emocionais. Vivem com medo dos outros ou de se envolver.

Será que tem algum jeito da gente acreditar numa coisa e dar certo?
(ou pelo menos de rir um pouquinho depois....)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pra quem interessar possa...

Nós, mulheres, somos mais tolerantes. A gente fica em casa enquanto ele se diverte com os amigos. A gente fica em casa enquanto ele vai jogar futebol. A gente fica em casa enquanto ele viaja à trabalho. Mas, enquanto a gente tá em casa, a cabeça pensa, dá voltas, procura uma saída. A cabeça pesa. Põe na balança os prós e os contras.

Dizem que a mulher é mais emoção mas, me desculpem, quando decidimos algo importante na nossa vida, somos só razão.
E a razão demora. Pensa. Repensa. Pesa. Calcula. Avalia.
A razão dá chance. Acredita na mudança. A razão faz a gente mudar.
A emoção é toda atrapalhada. A emoção sai batendo a porta. A emoção grita. Xinga. Esperneia. Faz pirraça. Chora. A emoção põe tudo a perder no momento errado.
Sou muito assim. Emoção pura ao longo do caminho. Mas sei que, quando a decisão é séria, a coisa precisa ser pensada. E ponho tudo a perder.
Quando damos a cartada final é porque não há mais nada a perder. A gente já olhou por todos os ângulos, ja fez cálculos de todas as probabilidades disso dar certo e concluiu que não dá.
A gente vai sentir falta. O domingo à noite vai ser foda. Vai doer pensar que ele vai ser de outra, mas isso já foi pensado antes, várias vezes.
Nada disso vai ser mais foda do que continuar a insistir no relacionamento.
Relacionamentos são pra deixar a gente mais feliz. Estou falando de rolo, namoro, casamento. Se veio pra ficar com a gente, é pra somar. Se tá dando dor de cabeça, se tá pesado, se tá sofrido, se tá fazendo mal, melhor sem ele.
Um namorado, uma vez, me disse que não estava feliz comigo, então mais que justo que terminássemos. Aceitei na hora. E gente, a última coisa que quero é fazer alguém infeliz. Se já não é fácil aguentar a própria infelicidade, aguentar a dos outros é praticamente impossível.
Já fui só emoção. Daquele tipo que desliga o telefone na cara, depois liga de novo (a doida, né?!). Que termina namoro na hora que está irritada. Que vai embora da casa do namorado carregando as malas. Que volta meia hora depois, em prantos. Que fala, grita, xinga e chora tudoaomesmotempo.
Mas nada que uma dose cavalar de razão e cabeça fria não resolvam.
De cabeça fria, a gente pensa melhor e corre menos risco de fazer merda.
Hoje, depois de ter dito muita coisa que certamente magoou e ter ouvido muita coisa que me magoou, eu vou pensar antes de falar. Respirar fundo e contar até cem mil se precisar.
A palavra dita não tem volta. A ferida fica alí pra sempre.

Então, hoje, prefiro ser mais razão e menos emoção.
Continuando a ser assim... lerda para tomar as decisões mas ter certeza de estar fazendo a coisa certa.

domingo, 26 de outubro de 2008

Dificil é continuar encontrando palavras...

Alguém entra na sua casa, rouba suas coisas, agride você. Esse alguém cometeu, de uma só vez, vários crimes. Previstos em vários artigos da Constituição. Alguém entra na sua vida, rouba seu tempo, destrói sua confiança, agride sua auto-estima, estilhaça o pouco que resta da sua confiança no amor. E sai ileso. Mas não seria esse o pior crime que alguém pode cometer com outra pessoa? Agressão só é penalizada quando alguém encosta a mão em alguém? Como se pune quem causa uma ferida que não está exposta?
Acredito que tomar uma surra de um boxeador deve doer menos do que ser magoado. A dor física passa em algumas horas ou, em casos mais graves, alguns dias. Pra dor física existe remédio. Pras feridas, existe curativo. Mas quem cura a dor de um coração destruído? O que fazer com as feridas cravadas no coração de uma pessoa que sai na rua descrente do mundo? Como penalizar o agressor que, sem usar mãos, armas ou objetos cortantes e pontiagudos, causou ferimentos graves em alguém? Por que ninguem previu isso na lei?
As pessoas lotam consultórios psiquiátricos, se entorpecem de remédios para a ansiedade, pra depressão, pra pressão, pra dormir, pra acordar. Remédio pra viver. Pro que não tem remédio. Pra dor que não passa. Pra ferida que ninguem vê. Vãs tentativas de resolver o caos interno. As pessoas tentam remediar uma dor que parece nunca ter fim, que vem de dentro. Bem fundo.
Entendo perfeitamente quando minha amiga diz que não consegue mais conversar com o ex-namorado porque tem vontade de bater nele. Sinceramente, entendo. Quando alguém te machuca, te decepciona, te magoa, a dor é tão grande que você quer agredir a pessoa de volta. Você se sente impotente, enganado, ferido. Frustrado. Dà vontade de sumir. Tudo desaba na sua frente. Você sente que perdeu seu tempo, sua auto-estima, suas forças. E qual a pena pro agressor? Qual a pena pra alguém que entrou na sua vida, nos seus sonhos, nos seus planos e, num piscar de olhos, destruiu tudo como se tivesse esse direito?
O que sempre penso é que vingança não é remédio. Nem fazer justiça com as próprias mãos. O tempo se encarrega disso.
Ou sei lá o quê! Nunca fui boa conselheira.
Talvez existam algumas formas da vida punir quem brinca com o coração dos outros. Não sei mesmo.
Tenho uma tendência fortíssima pelo drama. Você não me ama, não me quer, não pensa em mim, não liga para o que eu sinto ou penso, e buá. Assumo. Assumo também que sinto mais do que deveria sentir. Me importo mais do que deveria me importar, e também consigo gostar mais do que deveria.
Desapontamento? Talvez. Sempre questionei os valores que as pessoas possuem e o porquê atraio aquelas que têm valores diferentes dos meus.
E pior que não adianta dizer que isso já cansou, e fazer meu drama habitual.
Esse não foi o primeiro, e, infelizmente, não será o último texto sobre desapontamento. Difícil vai ser continuar achando palavras.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O preço da dúvida

Existem um zilhão de coisas com as quais eu não sei lidar. Existem mais um zilhão de perguntas que eu não sei responder. Existem mais um monte de coisas que eu não consigo entender. E mais outras tantas que eu nem quero entender. Mas sem dúvida, no top five da minha vida de situações que eu detesto não saber o que virá é a que mais me incomoda. Sempre fui e sou extremamente prática, objetiva. Isso é isso. Aquilo é aquilo. Você fica aqui. Você lá. Com você é assim. Com ele é de outro jeito. Sem surpresas. Sem imprevistos. Tudo planejado pra ser executado da forma que eu penso que será.

Me sinto confortável em ser assim, me sinto a vontade tocando minha vida de forma prevista, segura. Acontece, que nem tudo - na verdade, quase nada - é como a gente queria. Não prevemos reações, não prevemos ações e muito menos, não prevemos sentimentos.

Na verdade, meu modo simples e claro de enxergar a vida me atrapalha um pouco. Pra mim, eu gosto de você, você de mim então pronto, tudo certo, ficamos juntos. Ou então, eu quero, você não, pronto também, você me avisa que não está mais afim e vida que segue. Sem jogos. Sem distanciamento. Sem sumiço. Relação adulta e simples. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. E nem eu quero alguém obrigado do meu lado. Talvez, se eu evitasse tantas perguntas as coisas fluiriam melhor, quem sabe... Mas eu não consigo, não consigo treinar minha paciência nesse aspecto. Não consigo esperar o que vai acontecer. Eu quero saber o que vai acontecer, para que eu possa estar pronta pro que vier, ou pelo menos, me proteger do que virá.

Recentemente eu pude perceber o tanto que eu sou traumatizada, o quanto relacionamentos anteriores foram desgastantes, o quanto me machucaram e me modificaram. Eu não me reconheço em diversas de minhas atitudes. Eu sei que não devo fazer, sei que não tem nada a ver, mas faço mesmo assim, porque eu simplesmente não consigo passar vontade. Eu nunca faço economia de amor, a paixão, amor, ou seilá o que, a meu ver, legitima qualquer gesto. E eu gosto de pensar que eu fiz o possivel dentro das minhas possibilidades. Eu sempre faço a minha parte, as vezes, até mais do que deveria. A gente pode até não querer ouvir o coração, mas mentir pra ele é impossível, as vezes se tem aquela vontade incontrolável de fazer alguma coisa que não tem nada a ver, e você engole, pensa, repensa, pesa, mede e não faz. No fim do dia você tem uma coleção de atitudes certas mas o coração ainda continua apertado. Eu consigo conviver com problemas, discussões, diferenças, opiniões diferentes, menos com coração cheio de dúvidas.
Eu nunca me escondi dos amores que tive. Sempre deixei que meu coração falasse por mim, e em muitas vezes não fui feliz nisso, mas no final de tudo eu sempre tive a sensação de ter feito a coisa certa, embora não tenha tido sucesso. As vezes não é pra acontecer mesmo, vou ficar feliz? Não. Mas também não me enganei e fui fiel ao que sentia desde o principio, isso me alivia. Sempre acreditei que pra tudo se dá um jeito e nada no mundo pode ser mais importante do que ser feliz. Por mais que a situação não esteja a meu favor, por mais que as coisas não estejam evoluindo da forma como eu esperava, eu sempre sou incondicionalmente fiel ao que eu sinto.
Mas uma das perguntas que eu mais gostaria de saber a resposta é o porque coração da gente precisa ser tantas vezes maltratado – talvez até por nós mesmos - e, principalmente, o porquê de às vezes nos sentirmos obrigados a deixar de ser nós mesmos para ter que sobreviver.
Espero que eu não morra sem descobrir isso...

Familias diferentes...





É engraçado as formas que a vida tem de fazer as coisas, quem diria que do nada, na minha semana atoa eu fosse redescobrir a minha amiga Bárbara? É... aquela, que é extremamente parecida comigo e diferente também, porque nós temos a necessidade de conciliar alma, corpo, coração. Somos mulheres sensíveis, frágeis, fortes, sensuais, pretensiosas. Mulheres que amam e desamam. Mulheres amadas, odiadas, verdadeiras, mentirosas, desbocadas, cínicas, amáveis, amigas, inimigas. Mulheres que dizem sim. Mulheres que brigam, que choram, que se lamentam, que sorriem, que beijam, que mordem, que gritam.
Porque vivemos um dia de cada vez. E vivemos com "o tempo não pára".
Pra ela revelo minhas paixões, conto minhas histórias sinceras. Dias que nascem felizes. Amores de cinema. Versões novas, de velhas histórias. Problemas com um coração que não sabe falar. Desejos secretos. Dias de chuva. Dias de choro. Inconstâncias. Inconseqüências. As perguntas que me faço. Que me respondo. E tudo aquilo que eu deveria esquecer, mas que o corpo ou o coração me fazem lembrar.
Amo você e suas tantas formas de saber o que eu sinto. E por estar aberta a todas as minhas necessidades desnecessárias, por entender que eu sempre vou viver assim, cheia de paixões avassaladoras. Amores impossíveis. Muita esperança. Muita vontade de acertar. Muitos desencontros. Muitos erros. Muitas alegrias. Muitas tristezas. Muito amor. Muitos sonhos. Muitos pesadelos. Muita cerveja. Muita dor de corno. Muito vazio. Muitas verdades. Muitas mentiras.
E não importa o quanto a gente muda, mudamos a cor do cabelo, o modo de vestir, as preferências, de faculdade, emprego, de opiniões, mas nunca vai mudar o carinho que eu sinto por você.
É como você mesmo disse, papai do céu nos fez irmãs, mas só nos colocou em famílias diferentes.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O caos humano


Eloá, 15 anos, morta por... ciumes.
Onde é que nós estamos? Onde eu estive durante os últimos vinte anos pra acordar nesse inferno?
O que não entra na minha cabeça é como alguém, que até então, não tinha passagem pela policia e era tecnicamente alguém comum, sequestra uma menina de 15 anos, faz o pampeiro que fez e depois MATA, a sangue frio mesmo, na cabeça pra não ter erro. Todos nós, praticamente desde quando nascemos, somos educados com valores morais, éticos e esses são os responsáveis por nos guiar durante toda nossa vida. Agora o que eu me pergunto é: Quais são os atuais valores que estamos seguindo? O que uma pessoa precisa passar para se trasnformar num monstro assim de uma hora pra outra? O que tá acontecendo com o mundo?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sometimes everything is wrong…

Recebi uma noticia muito triste. Não foi algo que tenha me afetado diretamente, mas fico extremamente sensível ao que acontece às pessoas que são importantes na minha vida.
Sem conseguir disfarçar a frase que ficará piegas…mas eu queria arrumar um jeito de ajudar a todo mundo ser feliz. Não é porque de repente resolvi ser Polyana, mas sim porque me angustia ver a tristeza de alguém e não conseguir ajudar.
A notícia me abalou de um jeito que nem sei explicar… pensei muito na minha vida e na falta de sentido das coisas que têm acontecido.
Quando temos 20 e pouco anos nos achamos imortais. Não que seja por um período eterno, mas não morremos quando temos 20 e poucos anos. Pelo menos, não gostamos de acreditar nisso.
Aos 20 e pouco anos , estamos cheios de vida, cheios de planos...Queremos construir um mundo, ser independentes, ter sua própria vida sem interferência familiar, comprar um carro, ter um teto com a sua cara, viver enlouquecidamente um amor verdadeiro. Viver. Viver cada dia, mas não como se fosse o último, pois quando temos 20 e poucos anos, o último dia está muito distante.
Mas a vida nos prega peças... As pessoas morrem. Mesmo quando temos 20 e poucos anos. A perspectiva de futuro passa a ser questionada, a idéia do amanhã é perdida...
As pessoas morrem de diversas formas. Quando somos jovens, preferimos acreditar que a morte por acidente é mais aceitável. Fomos criados assim, os mitos se formaram assim, mesmo aqueles que se suicidam jovens, morreram por acidente. Num acidente de percurso talvez. Mas foi um acidente. Nunca é por um motivo natural ou por doença, à não ser que ele já tenha desenvolvido uma desde criança e mesmo assim, se ele chegou até ali, é porque ele desenvolveu a imortalidade da juventude. A imortalidade dos 20 e poucos anos.
Porém um dia, no auge dos seus vinte-e-poucos anos, vê todo o mundo ao seu redor e, quando menos espera, sabe que alguém, que também tinha 20 e poucos anos deixou de fazer parte do nosso mundo. Alguém que queria ter o seu mundinho, que sonhava com o futuro, que acreditava ser imortal. Alguém que era como você. Como eu. Como os meus e os seus amigos.
A hora de todo mundo chega, e dele chegou. Aos 20 e poucos anos.
Quando este tipo de situação acontece, começamos a pensar em diversas coisas. No que ele deixou, no que vivemos, no que ele poderia ter vivido e, principalmente que você também pode morrer aos 20 e poucos anos.
A sensação de impotência perante a morte é o que mais incomoda, o que mais assusta, o que mais dói. Saber que deixaremos o nosso mundo, as pessoas queridas, que os projetos se encerram ali é a parte mais degradante da morte. E o mais triste é ver, naquele filminho que passa na cabeça antes de morrer que você não viveu absolutamente nada, e que não viverá o suficiente para construir algo, que tudo para ali. Triste é ver que a morte é realmente o final de um ciclo.
Tudo isso me fez pensar na necessidade de termos um amor sincero. As pessoas se amam e pronto. Sem jogos, sem se questionar o porquê. Sem existir o certo ou o errado. Sem existir o “se…”. Por que as pessoas entram na nossa vida? Por que elas saem? Por que às vezes temos que enterrar alguém vivo? Enquanto outras pessoas não têm opção.

O que a gente fez e faz com a nossa vida? O que tem sido mais importante para nós?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um dia de cada vez - ou quase isso

Tenho problemas sérissimos com ansiedade. Não suporto esperar. Não gosto de imaginar. Pra mim tudo tem que ser previamente estabelecido, como já disse aqui mesmo anteriormente. E isso me faz muito mal, porque na maioria das vezes eu encaro o 'futuro' com grande pessismismo, daí já viu, dói o estomago, dói a cabeça, dói o coração. E em grande parte do tempo, desnecessáriamente, porque eu sempre enxerguei bem mais do que era ou bem menos.
Passei muito tempo tentando não me entregar aos sentimentos, mas eu não sei fazer isso, porque simplesmente eu nunca fiz economia de amor. Independente de qualquer situação. Ou eu gosto muito ou não gosto. Não tem meio termo. No entanto, eu preciso de paz a um coração cansado de se machucar. Preciso de paz a uma cabeça cansada de pensar. Preciso de uma borracha mágica que apague erros e lembranças. Que tire todos os traumas da minha vida, mas isso seria tirar um pouco de mim de mim mesma. Onde foi parar o romantismo, o amor verdadeiro, o eterno enquanto dure, as declarações? Onde colocaram intimidade, o respeito, a consideração e a confiança?
Será que não tem mais como acreditar na alegria de querer quem se tem? Deve se por isso que a idéia de amar assuste tanto as pessoas, é trabalhoso. Requer paciência. É fácil conquistar alguém por uma noite. É fácil ser atraída pelo cara gato da balada, difícil é querer estar com ele o tempo todo. Mas, enquanto não inventarem uma versão nova de coração, eu continuo com o meu, meio ultrapassado e exagerado na forma de gostar, que não gosta de romances express, nem se contenta com amostras grátis de amor.
Por hora, eu só gostaria de saber o que o futuro me reserva. Essa espera pelo que está por vir, é complicada, por hora uma sensação boa, as borboletas finalmnte voltaram, mas noutras é angustiante. Todos os dias me pergunto se estou no caminho certo. Se minhas atitudes condizem com quem eu sou. E se quem eu me tornei me agrada.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eternas "farinhas do mesmo saco"...

Eu nunca sei como começar esses tipos de texto, mas gosto da idéia de começar já explicando o fato de não saber começar, isso já evita qualquer tipo de pensamento mais profundo da minha parte. E bom, pra começar eu gostaria de agradecer por você dar um sentido mágico àquela frase: "AINDA BEM QUE A GENTE SEMPRE TEM A GENTE"
Você sabe que não sou a pessoa mais "meiguinha" do mundo, mas, o incrivel é que as histórias e as burrices se repetem e o destino não cansa de juntar a gente denovo. Apesar dos distanciamentos e de todos os outros impecilhos. O importante é que nos fortalecemos nos momentos alegres, mas, principalmente em situações adversas. Sempre com palavras carinhosas e sinceras e um copo de cerveja quando o mundo parece perder o sentido. Se calando quando for preciso e puxando a orelha quando for necessário. É engraçado o tanto que a gente parece, não só pela preferência pela mão esquerda, nem pelas cagadas amorosas e pelo amor que nutrimos pelo alcool, mas pelas atitudes e pensamentos. É bem aquela dê completar frases.
E não é fácil manter uma amizade ao longo dos anos, porque não é fácil conviver com mudanças geográficas, transformações pessoais, preocupações com a vida profissional e tantas outras alterações que acompanham nossa pseudo vida adulta. Mas, somos exemplo de que isso é possível. E o problema é que não conseguimos perder a ingenuidade. Acho que é melhor desconfiar do que se jogar de cabeça num poço fundo - e vazio. Mas não, somos teimosas, irritantes e insistentes! E neuróticas também, também depois de estar com as mãos já calejadas, experiências frustradas e corações remendados. Acreditamos desacreditando, vivemos com um pé atrás, estamos sempre na defensiva. Porém, agir sempre assim, parece que somos espertas demais para não sofrer e chorar outra vez. Funciona. Não choramos. Não nos decepcionamos. Não sofremos. Nem vivemos. E isso nem parece com a gente.
Porque, Amanda, é como eu sempre te falo, pode apostar que um dia o poste cansa e MIJA no cachorro... ah, isso COM CERTEZA!
É também o fato de saber rir da nossa desgraça particular faz bem, rir das situações bizarras que TEIMAM em nos acontecer, acredito que se houvesse uma bigorna tipo aquelas de desenho animado, certamente ela já teria caido na nossa cabeça...
Sabemos que não cabem numa mesma lata o sentimento e o bom senso!
Convém falar também da imensa falta que você me faz, juntamente com todas as meninas, como já sabe não possuo amiguinhas, só amigas. e é dessas amigas que mais me sinto falta e você está no top 5 das ausências mais sentidas.
Entretanto, você faz a distancia parecer só um detalhe.
No mais, queria te agradecer. Agradecer por toda a paciência. Por escutar toda minha ladainha diária. Por me aguentar nas piores fases. Por me respeitar mesmo quando a gente discute. Por tomar todas comigo e sempre ouvir meu discurso manjado de que os homens são todos iguais, de que nunca mais vou me apaixonar de novo, que não entende porque só atraio gente problemática. Obrigada por dividir seus medos e me deixar dividir os meus. Acho que te conheço de outra vida. Você que me conhece como ninguém. Obrigada por está ao meu lado em todos os momentos (alegres, tristes e mornos). Você me faz acreditar que o dia seguinte será sempre diferente e se não for, a gente vai ter um motivo pra ficar bebada e se lamentar.
Obrigada por você tentar manter minha sanidade, tentar ser forte, por ser amiga, doce, linda, loura, sincera e fingir ser sensata. Obrigada por ser você. Falar de você é dificil. Nunca fica do jeito que eu quero. Porque você é mil mulheres em uma. Sem fazer força. Sem perder a doçura. Sem perder o brilho. que exala e encanta. Tem uma beleza infinita de alma e de coração. Beleza de saber viver e fazer os outros felizes. Beleza de manter a delicadeza e o respeito, num mundo onde valores como esses são tantas vezes deixados de lado. Mas você sabe. Sempre soube. Ah, e bebeu pinga comigo aos 16 anos de idade, o que possa tê-la estragado um pouco - ou muito. (Pelo menos aprendemos que uma boa vodka faz toda a diferença). Mas se causei tal estrago, com você só ganhei.
Outra coisa ouvi uma música que se enquadra perfeitamente com a gente, Love is a losing game, de Amy Winehouse (tá, peguei pesado) Pra falar a verdade, não lembro bem do muito a letra da música e pra falar a verdade de novo, não sei porque fui ver a letra da música, mas hoje, agorinha mesmo tocou na rádio, pra falar a verdade mais uma vez porque eu sou uma pessoa muito sincera, é muito nossa cara. Tipo, É uma música meio triste, para uma reconciliação foda, talvez, com aquele palhaço que você sabe que não vai ter jeito, que não vai mudar, que não te ama, mas que seilá, tem uma conversa que te deixa querendo apostar todas as cartas nesse jogo de azar que é o amor, mesmo que ele, o adversário, seja um jogador muito melhor que você. Enfim, como sempre acontece com a gente...


Te amo. Ad infinitum
E que venham as fossas e as garrafas de cerveja! E que também, se possível, que venham os principes, né? Porque isso de ficar lidando só com sapos tá ficando meio repetitivo.
E lá vamos nós rumo aos vinte e poucos anos... Que os próximo sejam sempre assim. Porque essa é a nossa vida. E eu não trocaria ela por nada.

domingo, 12 de outubro de 2008

moving on...

Não me contento com pouco, não dá. Mas só soube disso depois que aprendi como ser calma, precisei de calma pra ver que eu gosto de extremos. Não sei agradar, na verdade eu faço questão de não agradar, muitas vezes. Não sou descartável, não sou tentativa. Quer estar comigo, então esteja. Mas por inteiro. Não me contento com metades. Não tente me amar por simplesmente precisar desesperadamente amar alguém. Ou pior, pra esquecer alguém. E principalmente, não subestime minha inteligência. Goste ou não goste. Sei ver as palavras que não me são ditas.
Ninguém é chave de salvação. E eu não sou. Pra que me querer, tem que querer só a mim.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

por mim...

Eu já deveria ter dado um jeito nessa minha mania de insuportável de falar a verdade sem me importar com que os outros vão pensar. Sem me importar se vão continuar gostando de mim mesmo assim. Diferente do que muita gente pensa, eu não preciso fingir que sou uma pessoa legal. Nunca precisei fingir que não tô nem aí quando eu tô mais aí do que aqui. Não faz meu tipo. Eu queria me esforçar pra ser mais romântica. Queria acreditar nos planos e nas pessoas. Sou direta, e nada disso é novidade pra ninguém. Nunca precisei ser melosa pra ser romântica. Nunca precisei de esforço pra dizer que gosto. Só choro se estiver a fim. Sem cena.

Eu queria ser mais espontânea, usar mais vestido do que calça, ter o cabelo mais liso do que pensam que ele é. Queria ter força de vontade pra pegar firme na academia, queria morder menos os cantinhos das unhas. Queria ler mais livros. Eu queria mexer menos no meu cabelo, queria sorrir mais, queria ir ao clube todo final de semana, queria ter uma coleção de biquínis.
Queria ter menos TPM. Aliás, queria não ter TPM. Queria dar mais abraços nos amigos. Queria sentar em mais bares, queria tomar mais vinho, queria uma taça enorme só pra mim, de vidro mesmo. Queria beber menos cerveja. Queria ter minha casa, minha cama gigante. Queria colocar em prática as idéias que passam pela minha cabeça.
Eu queria deixar a televisão mais desligada do que ela fica, queria mudar menos de canal em busca não sei de que. Queria saber mais sobre as coisas que me fazem feliz, queria pensar menos e falar mais. Queria pensar mais e falar menos. Queria saber mais o que eu realmente quero.
Queria uma maquina de fazer suco, daquelas que passam na tv. Queria ir mais ao salão pra hidratar o cabelo e pra fazer as unhas. Queria parar de comer lasanha. Queria comer mais frutas.
Queria encontrar mais com amigos antigos, queria sentir menos saudades de algumas pessoas. Queria fazer um curso de fotografia, queria uma super máquina pra praticar o dia todo. Queria tirar mais fotos do que já tiro. Queria viajar mais, muito mais.
Queria andar mais descalça, queria andar sem rumo num sábado. Queria comer menos besteira do que como, queria beber mais água do que bebo. Eu queria que minha sobrancelha esquerda fosse igual a direita. Eu queria usar mais hidratante no corpo. Eu queria declarações de amor em muros, queria um buquê lindo de rosas vermelhas, sem precisar de motivos. Eu queria um óculos de sol que ví na novela.
Eu queria ganhar livros de presente. Aliás, eu queria escrever um livro, mesmo que ficasse guardado só pra mim.
Eu queria casar daqui alguns longos anos. Queria uma festa em uma fazenda. E ter três filhos. Eu queria um balanço de madeira na árvore.
Eu queria conhecer a Itália, a Espanha e Bonito. Não necessariamente nessa ordem. Eu queria comprar roupas diferentes das que uso e queria ter sapatos mais coloridos. Queria gostar de usar lingeries com rendas, queria gostar de dormir com pijama de seda.
Queria estudar mais sobre assuntos que me interessam. Queria amar mais. Queria ter mais coragem. Queria relaxar mais. Queria ser tola muito mais vezes. Queria voar num balão. Queria correr descalça na chuva.




Queria viver mais, muito mais!

domingo, 5 de outubro de 2008

Cara de pau pouca é bobagem...

Cada dia que passa eu me surpreendo mais com a falta de sentido das pessoas. Ontém, depois de sair do casamento do meu pai, fui pra um 'barzinho' aqui. Beleza, não tava lotado mas também não tava vazio, tava gostoso. Dava pra andar sem ninguém derrubar nada em você e ver o movimento. Ok, até aí tudo bem, fomos num grupo de amigas demos sorte de encontrar uma mesa e por lá ficamos. Niqui chega um moço, bonito, alto, loiro, médico, enfim, tecnicamente um bom partido. No meu caso eu tava completamente diboa então nem dei trela pro moço. O legal era que ele ficava rodiando, cada hora ia falar com uma. Tipo, chavecava uma na frente da outra e assim... Perseverante na falta de noção, veio me acuando do nada, fechei a cara dai ele se tocou e saiu. Eu vi ele fazendo isso com VÁRIAS meninas, dai eu me pergunto, será que ele pega alguém com essa estratégia? Será que ele acha que isso é algo legal/inteligente de se fazer? Será que ele pensa que as meninas - que ele nem pegou - vão ficar com ciumes, tipo, do nada?
Não sei, não entendi.
Como dizem por aí, o mundo é estranho.