domingo, 4 de janeiro de 2009

procuro um amor que seja bom pra mim...

Tem um texto da Maite Proença que diz assim "não quero mais o amor da minha vida ocupado o lugar de amor da minha vida". Poisé, verdade mesmo. Eu também tenho meu amor da minha vida. Pode ser que seja, ou, não. Pode ser que ele seja até que me apareça outro que me balance a estrutura. Mas por hora, ele é o amor da minha vida. Aconteceu e acabou de forma inesperada. Mas, nada tira da minha cabeça que ele também gosta de mim, e olha que não é só achismo não. Existem alguns fatos que meio que comprovam minha teoria. Ele é bem o exemplo de amor de uma vida. É inteligente. Tem um humor invejavel. Responsável sem ser careta. Sabe conversar. Sabe calar. Gosta de boa música. Porém, de uma hora pra outra o amor da minha vida se transformou em problema da minha vida. As vezes nos apegamos a coisas que não fazem mais sentido ou que já venceu o prazo de validade, contudo, não controlamos isso. Não consigo me controlar em relação a ele, por isso que ele é o amor da minha vida, porque ele me tira o ar. Só de existir. Com ele eu tentava o melhor de mim e sei que ele também. Só que meu melhor era diferente do dele. Eu me irritava com a omissão dele. E eu o irritava com a minha clareza, ele sempre soube demais. Soube mais do que deveria e gostaria de saber. Homens, especialmente os amores da nossa vida, não podem saber demais. Temos que ser um eterno desafio. E eu ainda não descobri como ser um desafio pra sempre. Nisso eu e o amor da minha vida terminamos. Não tivemos idas e vindas. Só chegada e partida. E não sei se vamos voltar um dia. Acho que não, não cabemos mais nos planos um do outro. Mesmo ainda que a gente se queira. Não resolve nossos planos, nossas coisas em comum. Nossos risos complices, não adianta a conversa sem fim sobre o motivo do fim e a minha teimosia de desejar mais daquilo que não se pode ter ou ser. Não vale a pena que eu ligue pra acabar com as saudades e desligue correndo arrependida de ter ligado e com um bumbo no peito me perguntando porque é que eu sou tão idiota e deixo minha saudade transparecer. Não foi porque simplesmente não era pra ser. Confesso que já pensei em continuar nutrindo esse sentimento para que um dia, aquele dia em que caia a ficha dele e ele se dê conta de que eu também sou o amor da vida dele, ele volte. Mas, já desisti da idéia também, paciência nunca foi uma qualidade minha.
Então, o amor da minha vida não pode mais ocupar o lugar de amor da minha vida. Não cabe mais. Amores da vida de alguém devem fazer bem, e não causar angustia e dor. Então, agora, eu preciso desse espaço vago, pra alguém que goste de ser o amor da minha vida, e a quem esse título não servirá de desculpa para um desaparecimento repentino. Para alguém que o preencha de forma inteira, que seja inteiro naquilo que estamos vivendo. Para alguém que preencha de forma segura e quem sabe... definitiva.
Entretanto, isso não faz com que eu goste menos do amor da minha vida. Continuando gostando do jeito dele. Do seu senso de humor. Do modo como se dirige as pessoas. E acho que ele me admira. Mas, nós não conseguimos ficar meia hora conversando sem que surja algum assunto constragedor, sem que role alguma divergência. Somos diferentes e traçamos caminhos diferentes. Temos metas complemente opostas e não existe nada que possa nos unir no agora. E aos poucos meu coração tem entendido isso.
Chega de ficar achando que se não discutissemos, se não discordassemos, se não houvesse distância em todos os aspectos poderia ter sido diferente, poderia ter sido meu amor pra vida inteira.
Não poderia, porque algumas coisas simplesmente não acontecem. E com ele foi assim. Início. Meio e fim.
Agora eu só quero que ele trate de desocupar o lugar de amor da minha vida, como disse Maite: Venho portanto, pedir a ele publicamente, que libere a vaga.
Tem que existir um homem que goste de Beatles, em algum lugar desse mundo. Um homem que goste do meu carinho, que goste do meu jeito, que aprecie minha inteligência. Que seja sensivel e ao mesmo tempo forte. Que fale minha lingua e deteste jogos sentimentais. Que tenha ciúmes e que entenda o meu e diga com um sorriso o quanto eu sou boba. Pode se meter na minha roupa, nos meus recados do orkut, pode me dizer que não sei dirigir e que comprei minha habilitação.
Que me busque em casa e que me leve direto pra casa dele, nada de noitadas na rua, nada de bebedeiras todos os finais de semana. "Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo, anda me dando um cansaço danado."

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