terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Orkuts...

AI MEU DEUS, APAGUEI TUDO OS RECADOS DO ORKUT.
Eu tenho orkut desde 2005. E desde então, sempre deixei todos os recados por lá. Até pouco tempo, nem bloqueados eram... depois acabei por bloquear, pra pelo menos "dificultar" quem quer que quisesse fuçar...
Na verdade, não apaguei antes porque do fundo do coração nunca na vida achei que minha vida fosse tão interessante a ponto de alguem realmente fuçar em 12 e mais uns quebrados mil de recados... Mas depois de ficarem na minha cabeça intensivamente, namorado, amigas "Apaga os recados do orkut" "Você já apagou os recados do orkut?" "Porque você num apaga os recados do orkut?" Tá, para felicidade geral da nação, apaguei.
E sabe que olhando taaanta coisa, me despertou uma certa nostalgia temperada com saudade e lembranças de tempos não muito remotos, porém muito distantes da realidade tranquila dos meus dias atuais.
E uma coisa é fato; as águas mansas sempre me caíram melhor, no entando minha "mansidão" foi roubada por algum tempo, sem que eu optasse. Mas foi dessa forma que descobrí que o mundo tráz possibilidades infinitas para se estancar uma ferida que sangra. As portas se abrem e eu exploro uma a uma, sem medo do que posso encontrar. Às vezes as arrombo na ânsia de viver tudo.
Já brinquei com sentimentos, não dei satisfações, me permití experimentar coisas que confrontam com meus valores e sorrí, cantei, dancei e amanhecí com os cabelos embaraçados e maquiagem velha borrada. Gargalhei quando falaram de amor, levantei algumas bandeiras e abafei no travesseiro soluços da minha solidão.
Tenho a meus pés toda a liberdade do mundo e amo isso tanto quanto odeio. Às vezes sei que só aqui posso ser tão intensa, por isso me jogo no mundo de peito aberto e quando caio me levanto rapidamente antes que alguém passe e me veja no chão. Descobrí em mim uma estrangeira que mora na minha alma e sei que só depende dela abandonar ou diminuir o peso da minha mala recheada de porquês e dores.
Eu só quero ser feliz mas para isso preciso andar por todas estradas para saber onde é que a felicidade mora. No entanto, lendo aquele monte de coisas lembrei novamente daquele tempo de loucuras, impulsividade, intensidade. Lembrei também de um tempo que nada me importava porque eu nada sentia.Virei todas aquelas páginas, mas tenho total consciência da intenção e do destino delas ao pensá-las e escrevê-las...
Viraram apenas fragmentos da minha própria história. Aquela que recomeço toda vez que abro os olhos e quando me lembro que pra ser adulta eu preciso, antes de mais nada, uma boa dose de decepção.

4 comentários:

Denise SCARAMAI disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Denise SCARAMAI disse...

Você me surpeendeu novamente... tudo que li parece a voz da minha cabeça (ou consciencia?); estou no planeta há cinco décadas e ainda espero me sentir gente grande a cada dia que amanhece; e olhe que as doses de decepção aumentam gradativamente como um vício...
abraço

"Jr." disse...

Não há problema em jogar fora
Quando aquilo que se joga
Traz um fato ruim à memória

Se é ruim, é melhor que vá embora
Porque em bons corações como o seu
Toda maldade fica do lado de fora

Para trazer algo à memória
A gente paga o preço do sofrimento
Pois se foram e ainda não era hora

A gente não estava preparado
Como estamos agora
Mas de que adianta murmurar
O tempo com certeza não voltará
Feche a página do blog
É hora de ir embora...

(adorei seu blog)

"Jr."

Ane Caroline de Oliveira disse...

Kenia, vc me fez lembrar de muita coisa, eu tb n~çao apagava os recados do orkut, um dia fui fazer isso e relendo todods eles pude perceber o quanto já aproveitei e aprontei em apenas 21 anos e é verdade para nos tornarmos adultos as vezes precisamos de um pouco de decepção!
Abraço*