quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sometimes everything is wrong…

Recebi uma noticia muito triste. Não foi algo que tenha me afetado diretamente, mas fico extremamente sensível ao que acontece às pessoas que são importantes na minha vida.
Sem conseguir disfarçar a frase que ficará piegas…mas eu queria arrumar um jeito de ajudar a todo mundo ser feliz. Não é porque de repente resolvi ser Polyana, mas sim porque me angustia ver a tristeza de alguém e não conseguir ajudar.
A notícia me abalou de um jeito que nem sei explicar… pensei muito na minha vida e na falta de sentido das coisas que têm acontecido.
Quando temos 20 e pouco anos nos achamos imortais. Não que seja por um período eterno, mas não morremos quando temos 20 e poucos anos. Pelo menos, não gostamos de acreditar nisso.
Aos 20 e pouco anos , estamos cheios de vida, cheios de planos...Queremos construir um mundo, ser independentes, ter sua própria vida sem interferência familiar, comprar um carro, ter um teto com a sua cara, viver enlouquecidamente um amor verdadeiro. Viver. Viver cada dia, mas não como se fosse o último, pois quando temos 20 e poucos anos, o último dia está muito distante.
Mas a vida nos prega peças... As pessoas morrem. Mesmo quando temos 20 e poucos anos. A perspectiva de futuro passa a ser questionada, a idéia do amanhã é perdida...
As pessoas morrem de diversas formas. Quando somos jovens, preferimos acreditar que a morte por acidente é mais aceitável. Fomos criados assim, os mitos se formaram assim, mesmo aqueles que se suicidam jovens, morreram por acidente. Num acidente de percurso talvez. Mas foi um acidente. Nunca é por um motivo natural ou por doença, à não ser que ele já tenha desenvolvido uma desde criança e mesmo assim, se ele chegou até ali, é porque ele desenvolveu a imortalidade da juventude. A imortalidade dos 20 e poucos anos.
Porém um dia, no auge dos seus vinte-e-poucos anos, vê todo o mundo ao seu redor e, quando menos espera, sabe que alguém, que também tinha 20 e poucos anos deixou de fazer parte do nosso mundo. Alguém que queria ter o seu mundinho, que sonhava com o futuro, que acreditava ser imortal. Alguém que era como você. Como eu. Como os meus e os seus amigos.
A hora de todo mundo chega, e dele chegou. Aos 20 e poucos anos.
Quando este tipo de situação acontece, começamos a pensar em diversas coisas. No que ele deixou, no que vivemos, no que ele poderia ter vivido e, principalmente que você também pode morrer aos 20 e poucos anos.
A sensação de impotência perante a morte é o que mais incomoda, o que mais assusta, o que mais dói. Saber que deixaremos o nosso mundo, as pessoas queridas, que os projetos se encerram ali é a parte mais degradante da morte. E o mais triste é ver, naquele filminho que passa na cabeça antes de morrer que você não viveu absolutamente nada, e que não viverá o suficiente para construir algo, que tudo para ali. Triste é ver que a morte é realmente o final de um ciclo.
Tudo isso me fez pensar na necessidade de termos um amor sincero. As pessoas se amam e pronto. Sem jogos, sem se questionar o porquê. Sem existir o certo ou o errado. Sem existir o “se…”. Por que as pessoas entram na nossa vida? Por que elas saem? Por que às vezes temos que enterrar alguém vivo? Enquanto outras pessoas não têm opção.

O que a gente fez e faz com a nossa vida? O que tem sido mais importante para nós?

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