terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Do custume de reclamar

Eu reclamo de muitas coisas, na maioria das vezes eu acho que poderia ser melhor. Ou que não está bom o suficiente, reclamo e assumo. O texto de hoje é baseado em uma história veridica que chega a ser engraçada de tão irritante que é. Tenho absoluta certeza de que quando ela ler vai ser ver nas minhas palavras, e pior, não vai gostar muito. Por outro lado, se eu tivesse a intenção de escrever "segredos", teria um diário, daqueles com chavinha e tudo. A maioria das coisas que posto aqui tem a ver com alguém, aliás, todas elas. E os respectivos "alguéns" sempre se reconhecem, já encanei com isso algum tempo, mas hoje nem ligo. Eu não obrigo ninguém a ler, obrigo? Então tá bom. Além do mais, se eu fosse uma menina muito boazinha, eu realmente nunca publicaria meus escritos. Digitaria no word e guardaria pra ninguém.
A verdade é que eu criei o blog com o intuito de poder dizer as pessoas o que eu acho delas, e o que elas causam em mim. Não que isso seja de fundamental importancia para elas, mas, eu acho que as vezes elas precisam saber. Uma opinião de fora a cerca delas mesmas, entende?
Eu sempre tenho muita vontade de dizer coisas que as pessoas não querem ouvir combinada com a injustiça não poder dizer pras pessoas o que você pensa ou sente. Mas como dizer fica difícil, eu passei a escrever. Pode até ser que o “alvo” do meu post nunca venha a ler, mesmo assim está lá, desabafado, pra quem quiser ver.
Então, se tem uma coisa no mundo que me irrita (muitas coisas me irritam, mas essa ganha) é coitadinhos. Especialmente com doenças.
Sinto muita falta do tempo em que um simples "Tudo bem?" era uma pergunta retórica, era seilá... parte da etiqueta. Tem gente que quando você pergunta se tá tudo bem, ela conta a vida toda, relembra os acontecimentos detalhadamente e fala sobre seus 937483 mais importantes problemas. E você fica com cara "Oi?".
O que me parece é que esse tipo de pessoa tem medo de ser cobrada, mesmo que seja por um telefonema, ou porque ela não foi em tal lugar com você, então, a estratégia é se colocar como a mais miserável das criaturas do universo.
Exemplo:

- gente, acordei com uma gripe hoje!
- e eu, que acordei com gripe, torci o pé, quebrei um dedo e tive enjôo a noite toda... Sem contar a anemía né... em breve vira leucemia, daí fodeu...

Congela a cena.
Só faltou o Galvão Bueno de fundo falando que a mais doente ganhou. O que eu não consigo entender é... Qual a graça de ficar doente? Porque, não sei vocês, mas eu posso estar muito ruim, assim, morrendo... que as pessoas só vãi ficar sabendo se tipo, eu de fato, precisar falar. Da onde eu venho, doença é fraqueza e eu não gosto de ser/parecer fraca e nem de gente fraca. Conheço gente que não amanhece bem nenhum dia do ano. Gente que pro "tudo bem?" responde invariavelmente que não. Mas se fosse isso, a pergunta voltava a ser retórica e tava tudo certo. Mas o não é sempre seguido de detalhes sobre o assunto. Parece até competição pra ver quem tá com o pé mais enterrado na cova.
Eu heim..

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