terça-feira, 31 de março de 2009

amortecidos

Não sei por onde começar, aliás, eu nunca sei por onde começar a não ser ridicularizando o fato de não saber por começar a escrever qualquer coisa. É foda, a gente fica pensando em alguma frase de efeito pra começar. Só que esse texto em si, tem um agravante, ele já é um pouco antigo, sabe aquelas coisas que nascem atrasadas? Então, é bem por aí. Porque a gente sempre tem muito a dizer, sabe, aquela coisa de muita coisa pra falar e os pensamentos irem mais rápidos do que as palavras? Poisé, daí é nisso que a gente se atropela tudo, fala tudo errado do que pensa e continua na mesma. Então, no meu caso, palavras são mais amistosas, palavras escritas. Não sei se isso já aconteceu com você, mas já lhe aconteceu de ficar preso a pontos de interrogações? Então, é ruim. A gente tenta, insiste e nada. Fica naquela, "Mas eaí?". Daí você espera por meses na esperança de que elas aliviem a dor do coração, mas depois de tanto tempo assim, elas não são mais as mesmas. Elas já perderam a cor, ficaram desbotadas, tipo aquela blusa que a gente não usa e deixa guardada, quando coloca ela já está com aparência de velha, mesmo que nunca se tenha usado. E elas não vieram na época certa, de certo porque estavam vigiando os impulsos de quem as diria. E eu que não durmo de tantas palavras congestionadas.
Sabe aqueles amores que atormentam a vida de alguém? Até serem resolvidos, ou entendidos... ou amortecidos...
Então, acho que foi por isso que eu não durmi!

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