quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Onde vamos parar?

Hoje uma amiga me deixou um recado muito triste.
A mãe dela sofreu um acidente e está no hospital.
Sabe, é incrivel como essas situações me atingem. Eu queria muito ter uma formula de deixar todo mundo ao meu redor bem. Queria poder confortar, mas numa hora dessas, sempre me faltam palavras. O que é que eu vou dizer? Oi, sua mãe tá com traumatismo craniano e pensa o quanto isso é legal. Ou então, Ihhhhhhh fica sussa, não vai da nada não.
Oi? Traumatismo craniano assusta. Mesmo que o médico tenha dito que é superficial, é um termo muiito forte a ser usado. Embora eu realmente acredito que tudo ficará bem, isso me fez pensar no que temos feito com a nossa vida. Será que a gente tem demonstrado direito que a gente gosta? Será que as pessoas importantes de nosssa vida tem noção do quanto são necessárias? O que a gente tem feito com tudo isso?
Perdemos muito tempo com trivialidades e esquecemos o mais importante. Esquecemos que pra morrer basta estar vivo, e que a vida é tão frágil que qualquer onibus pode vir e despedaçar.
E o pior é que sabemos de tudo isso, sabemos da fragilidade de existir mas ainda sim não valorizamos. Sabe aquela de saber como é, ou ao menos, como deveria ser? Somos distantes, não por vontade, mas por um desses acasos que não se explica, só se lamenta.

É nessas horas, que não há o que dizer, que tenho urgência de sentar no vazio e nunca mais precisar tentar mais nada. Pela primeira vez, basta o silêncio.

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