Trabalho, parte dois!

Pensa em alguém muito cansado, multiplica por 45, essa é a definição dessa que vos escreve. Gente, não é exagero, como sempre costuma ser, é muito real. Eu ando trabalhando de uma tal maneira que ta exagerada demais. Tenho feito um zilhão de coisas, um tanto de responsabilidade, que tem horas que eu surto lá na loja. Do esporro em geral, porque sério, as pessoas não tem bom senso e precisam ser desnecessárias. Acho até, que alguns deles lá gostam de tomar tozada de mim, porque só isso explica. Perguntas desnecessárias, atitudes bizarras, piadas sem nexo. Claro que tem muitas pessoas lá que são muito boas, eficientes mesmo, e algumas que até não são lá essas coisas mas são esforçadas, se interessam em fazer as coisas, em aprender o que não sabe, em fazer perguntas que fazem sentido. Porém, esses são a minoria. Não que eu seja a melhor, e nem me acho isso, eu só faço o que precisa ser feito. E, modéstia parte, faço bem feito. Se eu me comprometo em fazer alguma coisa, pode estar certo que cumprirei com o que foi combinado e fim. Só que a maioria dos meus colegas de trabalho não são assim. Não sei em que mundo eles vivem, estão carecas de saber que lá a gente tem que fazer de tudo um pouco, que tem que se virar nos trinta. E esses estimados colegas, insistem em fazer só o que são destinados a fazer. Porque lá tem uma estranha divisão: Uns fazem muito e outros não fazem nada. E eu, infelizmente me enquadro nos que fazem muito. E não porque eu quero, nem porque quero fazer média com patrão, porque né, eu não consigo nem com muito esforço. Eu só faço porque não sei falar não lá. Não sei ser firme e falar que não foi pra aquilo que eu fui contratada e que simplesmente não vou fazer. O certo seria ser assim, alguns dos bons que eu citei acima são assim. Fazem e fazem bem feito, só que querem receber por aquilo que estão fazendo. Justo. Entretanto, nem tudo é justo por lá, então eu me mato, pra ver coleguinhas atoas. E pior que isso, atoas porque querem, e reclamando gente!!!! RE-CLA-MAN-DO, que estão cansados, que estão com dor. Ah, meu cu que estão com dor. Com dor estou eu que to lá, codificando a porra dos brinquedos que não param de chegar, conferindo mercadorias, separando pra lojas de fora. Eu é que tenho dor. Eu é que to cansada de ver gente mediucre que gosta de ser medíocre, vai morrer trabalhando lá e ganhando 600 reais e achando que é o melhor emprego do mundo.
Eu faço porque eu quero aprender o máximo que eu puder, pra quando surgir outra oportunidade eu tenha o que colocar no meu currículo. Porque eu não tenho nada, só a minha vontade de trabalhar e aprender o que for necessário aprender.
Me irrita gente média. Gente meia boca. Gente que ah, não ta bom, mas também não ta ruim. Ai que preguiça dessas pessoas. Tenho uma dificuldade do tamanho do mundo pra pedir ajudar lá. Não tenho dificuldade de perguntar. Só não gosto de ter que falar “Ou, já que vc não ta fazendo nada ai, ajuda eu aqui”, porque, oi? Ta vendo que eu to atolada de coisa pra fazer, se não ta fazendo nada, se ta lá olhando pro tempo, vai lá me ajudar, porra. Porque eu sou assim, quando eu to parada vou procurar coisa pra fazer. Agora se depender de mim pra chamar alguém pra fazer qualquer coisa pra mim não vou chamar nunca. Jamais. Em tempo algum. Porque mesmo descrente eu ainda espero bom senso das pessoas. Um pouco de coleguismo. Companheirismo. E acho, que eu espero demais, porque a maioria só quer fazer o dela e o resto que se foda. Eu deveria ser assim, e até sou em alguns aspectos, mas isso não se aplica quando estamos falando de trabalho. E de ajudar o próximo. Sou muito humana. E isso é de mim mesmo. Não consigo ver alguém precisando de ajuda e não fazer nada. Não dá. Gosto de me sentir útil.
Devo ser algum et.
Alguém precisa avisar que é feio essas coisas. Mas seilá né, vai que cai o braço se alguém for lá me ajudar.
Eu não sei se as pessoas não tem muita noção das coisas ou se é só má vontade mesmo.
Depois eu sou estressada. Grossa. E agora eu te pergunto, tem como não ser? Acho que preciso utilizar algum entorpecente antes de trabalhar, vou começar a fazer uso de maconha com fins profissionais. Porque yoga só vai me deixar mais irritada com aquelas musicas de água caindo. Passarinho cantando. Férias, só se forem eternas, senão é tapar o sol com peneira.
Vou chegar na loja bem chapada e assim não vou dar esporro em ninguém. Vou rir das piadas estranhas que alguns gostam de fazer. E todo mundo será feliz pra sempre.
Pronto, ta resolvido.
Vou ser o Bob Marley do comercio.